Capítulo 5 Presente

"A parti daqui a história vai sendo contada no presente o que está acontecendo no agora, com Manu presa na e Diogo fazendo as investigações."

"Manu"

Já faz um mês que estou presa aqui, o senhor que veio aqui no primeiro dia para me receber não apareceu mais, meus dias se resumem a ficar no quarto e pela manhã uma moça e um homem vem até o quarto me pegar para caminhar e tomar sol, isso na propriedade é claro, estou de seis meses e meio, quase não consigo ver meus pés.

-Manuelly, levanta, nos vamos sair dessa casa. -a mesma mulher de sempre aparece, ela é médica pediatra e me trata super bem, mas com certeza absoluta ela não é uma mocinha, tem cara de vilã.

-Para onde vamos? -questiono já de pé, ela vem ate mim e solta a algema, sim fico algemada no quarto para não correr o risco de fugir ou tentar alguma gracinha.

-Não posso falar. - observo sua movimentação, vai até o armário e pega um vestido branco que não aperta minha barriga e é de alsinhas. -Coloque esse vestido, volto em alguns minutos com algo para você comer antes de ir, não tente nenhuma gracinha.

Concordo com a cabeça e tiro a roupa que usava, um pijama, visto o vestido e sento na poltrona para olhar pela janela, ate seria uma linda vista se eu não fosse prisioneira.

É uma casa bem grande pelo que pude notar quando saio do quarto, estou no terceiro andar, então da pra ver um extenso verde ao redor da casa.

Suspiro e passo a mão por minha barriga, o que será de mim e de meus filhos? Com toda certeza eles não vão me deixar ficar com os bebês, temo que os vendam ou pior.

Balanço a cabeça para afastar esses pensamentos, respiro fundo antes de olhar novamente para fora, vejo uma movimentação pelo mato alto, parece alguém se arrastando.

Prendo a respiração quando vejo um dos guardas cair morto no chão, quando acho que ninguém percebe ouso uma sirene alta.

-Vamos logo Manu. -a mulher aparece com uma arma e uma roupa toda preta e colada, me levanto e ela me agarra pelo braço me puxando pelos corredores da casa.

Chegamos em um lugar onde tem uma escada enorme, mas nao é para fora da casa igual na frente, essa leva a um túnel, que só é iluminado por poucas lâmpadas no teto.

-Entra aí menina, não temos tempo. -ela me empurra pela escada e me forcei a descer, mesmo tomando cuidado.

Enquanto descia pude escutar alguns gritos, lamentos, engoli em seco e prendi a respiração, o corredor escuro estava mais perto que nunca e os gritos pareciam mais perto, já estava respirando ofegante mas a mulher não me deixaria parar.

Assim que alcançamos o fim da escada um cheiro ruim veio ao meu nariz, não conseguia enxergar muito bem, mas sabia que ali tinham celas, várias delas.

Andamos mais um tempo ate chegar a uma porta, ela abriu com um cartão e me empurrou para dentro, esse corredor é diferente do outro corredor, esse é mais iluminado e não tem cheiro ruim aqui, mas as celas continuam ali, ela passou por algumas e parou em frente a uma onde pude ver uma menina encolhida no canto.

-Trouxe companhia para você Meri. -a mulher diz abrindo a cela, a menina não diz nada. -Se comporte ou vai voltar para o outro corredor.

Concordo com a cabeça e ela me empurra pra dentro. Respiro fundo e vou em direção a outra cama do local, ja que a menina estava ocupando a outra.

-Vai ficar tudo bem meus amores. -assim espero, alguém vai nos salvar, tenho que ter fé que vou sair desse lugar.

-O que fez para estar aqui? Ainda por cima grávida. -escuto a menina perguntar.

-Nada, sou só uma pessoa que está sendo mantida presa. -respondo vagamente.

-Então você é uma das mercadorias. Te desejo sorte. -ela diz e continua quieta do mesmo jeito de quando cheguei.

-O que quer dizer com mercadoria? - não consigo ficar sem perguntar.

-Que será vendida, isso inclui seu filho ou filha. Não ficará aqui por muito tempo, ninguém fica. -ela diz e levanta a cabeça, posso ver seus olhos castanhos me fitarem e há algo enesprecivo em seu olhar.

Me deito na cama pequena, olhando o teto branco, essa vai ser uma estadia silenciosa mesmo tendo alguém aqui comigo. Fecho os olhos me entregando ao cansaço causado pelo estresse.


                                   ✔♥✔

'Diogo'

Um mês procurando, e nada, isso mesmo não encontrei nada, sem pista alguma que nos leve aos atentados a minha família ou a morte de Olivia.

Nem mesmo com a ajuda de George, ele raquiou o computador do hotel e as câmeras de segurança, pegou tudo o necessário, mas parece que falta um pedaço da gravação que não conseguimos recuperar.

Nos mudamos para um bairro bem pobre de Roma, isso mesmo, compramos uma casa aqui, instalamos tudo necessário e desde então só saímos para comer no lanche que há aqui perto ou receber coisas dos conhecidos do George.

-Ei Leon, olha isso aqui. -ele me vira o computador e da play em um video, é uma câmera de segurança de algum lugar da cidade, um carro preto passa e estaciona poucos metros antes de uma loja, depois de um tempo uma menina de cabelos vermelhos e vestindo uma roupa bem fechada sai da loja, usa boné e sua cabeça está baixa, então um homem sai do carro e vai até a menina, ela tenta correr mas ele aplica algo em seu braço, o cara carrega ela até o carro e lhe coloca dentro dando partida e saindo.

-Isso aconteceu com mais três pessoas, todas em lugares diferentes. -ele coloca os quatro vídeos e em um vejo uma menina grávida.

-Todas essas pessoas tem algo em comum, nasceram no mesmo estado, com diferença de um ano, o último que foi levado foi esse cara, o mesmo que aparece na janela dessa lanchonete. Também tem esse rapaz que foi levado junto da moça, três de um único local, mas em dias e locais diferentes, fora essa menina que ainda não sei a ligação com os outros, todos os outros trabalham na mesmas lanchonete a Space Lanches, o mais incrível ainda é saber que essa lanchonete é aqui no bairro. -diz e sorri.

Ele me mostra a foto de um local que sempre passo na frente quando saio, isso deve ser brincadeira, Cazzo. Essa lanchonete é bem famosa por aqui.

Vamos investigar essa merda de lanchonete, com certeza acharemos algo, mesmo que os donos não sejam culpados as vezes estão sendo forçados a ficarem quietos sobre a situação.

Isso não tem nada a ver com os ataques a minha família, mas é estranho que aconteceram na mesma época em que começaram as coisas estranhas dentro da Famiglia.

Talvez investigando esses sequestros possamos encontrar algo que nos ilumine em nossa busca por respostas. Assim espero.

✔♥✔

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