- Esta é Anya. – Anunciei, abaixando-me a procura do álcool debaixo da pia.
- Boa noite, Anya Hernandes. Sou Robin Giordano.
- O corno?
Ele riu e balançou a cabeça, não respondendo.
Ela arrastou a perna até a mesa e puxou uma cadeira, sentando-se:
- Eu não trairia você em hipótese alguma, Robin. Aliás, quem trairia um homem como você?
- Sua neta. – Ele mordeu o lábio e depois deu um meio sorriso, me olhando. – Acho que ela estava com algum problema quando me trocou pelo garoto.
- Na cabeça, só pode. Mas sabe como é... Sou avó... Tenho o mesmo sangue que ela. Posso fazer o teste e dizer se você é bom mesmo de cama e chegar a conclusão do que fez de errado.
- Onde tem álcool? – Perguntei.
- Para que quer álcool?
- Passar na senhora, dos pés a cabeça. E depois talvez Robin possa olhar na sua cara, após desinfetada. Já se olhou no espelho hoje? – ri – Ah, esqueci que não tem espelhos nesta casa.
- Tem álcool na prateleira de cima da pia – ela avisou – Atrás das xícaras.
O olhar de Anya na