À noite andei pelo corredor malcheiroso e estreito, pouco iluminado, tentando encontrar um lugar para dormir e pôr as malas. Eu não havia levado tudo que tinha para aquele lugar, tampouco meus sapatos mais caros e estimados. Mas a quantidade de coisas era suficiente para surtar um pouco Anya, já que boa parte das malas ficaram na sala. Fiz questão de deixar duas no corredor e outras duas levei comigo, junto do meu cão da montanha dos Pirenéus.
Abri uma porta improvisada e encontrei uma cama pequena. Apesar de estar com lençol, tirei-o e pus um trench coat para forrar. Por sorte eu tinha trazido uma almofada do carro, que serviria de travesseiro. Olhei para os lados, confusa:
- Onde fica o banheiro deste quarto?
Gatão observou-me e depois olhou para a cama, recusando-se a subir.
- Sei que é horrível, Gatão. Mas é o que temos! Poderia ser pior... Tipo, não ter uma cama. Só não sei onde fica o banheiro nesta porra.
A lâmpada tinha um tom fraco e amarelado. Quando se mirava fixamente nela