Mas, em vez de sentir os lábios macios que eu tanto imaginava, acabei beijando o ar.
Abri os olhos e vi Camille parada na porta do banheiro, de braços cruzados e me olhando com um olhar severo, como se estivesse me julgando.
— Chico, o que é que você estava fazendo agora? — A voz de Camille cortou o silêncio.
Me senti completamente sem saída. Meu plano de fazer algo errado tinha falhado miseravelmente, e o pior de tudo: eu tinha sido pego no flagra. A vergonha quase me consumiu.
O mais frustrante era que toda a coragem que eu tinha juntado até aquele momento se desfez num instante, como se Camille a tivesse esmagado com aquele olhar.
Comecei a gaguejar, completamente perdido, sem ter coragem de encará-la.
— S-s-só... Desculpa, cunhada. Eu... Eu não vou fazer isso de novo. Foi um erro.
Camille parecia mais tranquila do que eu esperava. Ela suspirou, descruzou os braços e disse:
— Termina de tomar seu banho aí. Vou preparar o jantar.
Ela saiu da porta, me deixando sozinho no banheiro com