8. A vítima desesperada
O sim de galhos se partindo, a aspereza das árvores e a escuridão da noite não forma suficientes para que eu percebesse o perigo ao conseguir me libertar dos braços daquela pessoa. Da pessoa que perseguia durante meses. Eu não poderia acabar assim.
Meu peito subia e descia de forma rápida ofegante no instante em que corria em direção ao horizonte.
Eu não poderia morrer ali, não depois de tudo que havia descoberto.
Continuei correndo até sentir a terra molhada em minhas mãos. Eu havia caído, meus joelhos doeram com o impacto, talvez tenha me machucado, mas não havia tempo para isso. Os passos se aproximavam de mim cada vez mais.
Na minha mente só vinha eu não quero morrer.
Disse a mim mesma continuando correndo, enquanto tentava não gritar. Cada som ao meu redor me assustava mais do que a escuridão da mata fechada onde eu estava.
Como eu havia ido parar ali?
Só me lembrava de estar em minha casa terminando de editar o artigo que enviaria para o jornal.
Correr é a única coisa em que con