21. A caminho
“Iza Osni”
Retornar para a vila de onde havia fugido conseguiu ser mais assustador do que todos os traumas que eu tinha enfrentando em minha vida. Após abraçar “Duhan” e chorar em seu ombro, me afastei por saber que era a única que poderia fazer para não suja-lo também como o meu pecado. Eu era a pecadora já que era a única manchada pela podridão. A religião havia me ensinado coisas assim e não queria que “Duhan” me olhasse com compaixão também.
Me afastava cada vez mais dele por egoísmo. Por medo.
Essa era a conclusão que tinha chegado após pensar sobre isso durante as últimas horas de viagem. Ter “Duhan” sentado ao meu lado no carro fazia com que eu ficasse mais confortável e protegida e mesmo assim não me sentia confortável para contar a verdade a ele. A verdade sobre meu passado.
Como posso contar que sou manchada? E se ele não for a boa pessoa que imagino que seja?
Tinha muitas dúvidas e muitas delas não possuíam respostas. Nenhuma delas na realidade.
Está muito calada. Esta cans