Eram três da manhã. Eu estava dormindo tranquilamente, ou ao menos tentando, quando o celular de Bryan começou a tocar. Era um som tão alto que ecoava pela casa inteira. Ele, como sempre, não mexeu um músculo, preferindo se enroscar mais em mim como se isso fosse abafar o barulho.
— Bryan, vai acordar a Sophie... — resmunguei, já antecipando o inevitável.
E claro, dito e feito. Antes mesmo que ele pensasse em atender, o choro da nossa caçula tomou conta do quarto.
Suspirei, levantando para pegá-la no berço ao lado da cama. Enquanto a colocava no peito, vi Bryan atender o telefone com aquela expressão de quem queria matar alguém por estar sendo incomodado.
— Sim, O’Connor falando... — começou, e eu sabia que era sério só pelo tom da voz dele.
A conversa parecia urgente, as palavras vinham rápidas e tensas. Fiquei quieta, mas minha curiosidade me corroía por dentro.
— Bryan, tá tudo bem? — perguntei, tentando decifrar seu rosto.
— Preciso resolver algo urgente da companhia. — Ele deslig