- Laura- Tudo que precisamos é de alguém que nos apoie. Ninguém nunca esteve me apoiando, me ajudando. Tudo que recebia eram palavras de desprezo. Me sentia um lixo quando minha mãe me chamava de gorda, quando meu padrasto mesmo me chamando de feia chegava bêbado e tentava me abusar. Quando me olhei no espelho de casa pela última vez vi que estava na hora de mudar isso..... - Sebastian As vezes me deixava levar e fazia várias bobagens, meu pai já havia se cansado e agora queria que eu me casasse. Mas casar com quem, a última coisa que queria era me casar, não precisava daquilo, podia ser só eu e meu filho. Se não achar alguém ele vai me banir da máfia e de tudo. Não sabia o que fazer, quando cheguei em casa e me olhei no grande espelho da sala, tudo que eu pensava se esvaiu depois de me ver, decidir procurar a mulher da minha vida, ou talvez não.... Tudo que ela queria era alguém para lhe apoiar, ajudar, cuidar. Mas encontrou muito mais que isso... Tudo que ele queria era encontrar alguém para se casar para não perder seu grande cargo na máfia e não ser banido, mas ganhou muito mais...
Leer más"Laura"
Corria pela rua escura sem saber para onde ir, sai de casa pela janela, meu padrasto estava atrás de mim totalmente bêbado, sei o que ele quer por isso fugi, peguei o dinheiro que minha mãe tem escondido no colchão já a alguns dias. As primeiras roupas que achei coloquei na mochila, fugi sem saber para onde ir ou se eles viriam atrás de mim.
Agora estou na rua, com fome, sem saber nem onde estou e nem o que fazer, suspiro cansada, paro na calçada me sentando no chão e olhando meus pés, tenho que decidir para onde ir. Não sei o que fazer mas com certeza não voltarei pra aquela casa, nem que eu tenha que morar na rua e passar fome por um tempo.
Levantei decidida eu já tenho dezessete anos posso muito bem morar sozinha, viver minha vida longe desse inferno. Vou andando até o ponto de ônibus e me sento, antes de sair não peguei nem o mapa da cidade, conheço algumas pensões e irmandades que ouvi das minhas colegas da escola.
Quando o ônibus aponta na esquina desisto de paga-lo, ir andando me poupara dinheiro, tenho para ir embora dessa cidade, mas primeiro vou achar um local para ganhar mais dinheiro. Está na hora de reconstruir minha vida e sai desse buraco. Hora de crescer, de me tornar uma mulher, respiro fundo e ando mais rápido.
Andei por mais de uma hora até chegar na pensão mais próxima que conheço, está cada vez mais frio, bati na porta esperando. Logo escutei o barulho de chaves e a porta se abriu, uma senhorinha sorri pra mim seu olhos pequenos e bochechas redondas.
-Boa noite, a senhora tem um quarto? -pergunto enquanto tento me aquecer com os braços.
-Entre minha filha, está muito frio aqui fora. -ela me puxa para dentro e sinto o cheiro de chá e biscoitos. -Sorte sua que um dos quartos ficou vago hoje mais cedo.
Vou seguindo ela pelo corredor da grande casa, chegamos em uma cozinha, vejo várias pessoas sentadas em uma mesa comendo e conversando, algumas de pijama outras arrumadas em roupas de sair, mulheres e homens.
-Sinta-se a vontade, aqui nós nos tratamos como família. -diz me fazendo sentar na cadeira e me estendendo um prato com comida, mesmo com vergonha dos olhares sobre mim, começo a comer devagar.
Me sinto estranha sob os olhares compreensivos e ate mesmo de pena, afinal hoje é uma data comemorativa, um dia parra se passar com a família. Começo a sentir os olhos marejados e continuo a comer de cabeça baixa, sinto uma mão em meu ombro, levando a cabeça limpando as lágrimas com as costas das mãos, vendo uma mulher magra com rosto abatido e sorriso fraco.
-Diga qual seu nome criança? -olho para ela que me serve um como de suco e se senta ao meu lado, os outros já se dispersaram.
-Laura Drummer, quanto custa a noite no quarto? -questiono, não sei se meu dinheiro é suficiente, meu corpo pede por descanso, preciso tomar um banho e dormir.
-Oh sim, o quarto é compartilhado, espero que não se importe. -confirmo com a cabeça, não irei ficar muito tempo aqui. -Uma noite é vinte. -logo quero ir para outra cidade e viver bem longe desse meu passado estranho.
-Não há problema algum, quero descansar. -digo e ela sorri ternamente, depois me entrega uma xícara com um líquido que deduzo ser chá. Pego e a mesma aquece meus dedos, suspiro por tudo que passei para chegar ate onde estou agora, meu corpo relaxa só por minhas mãos estarem mais aquecidas.
-Beba, vai te ajudar a aquecer o corpo... -antes que ela termine de falar uma moça loira e de olhos azuis aparece, ela é linda, não deve ser mais alta que eu, mas tem uma beleza exorbitante.
-Dona Judith vim lavar as louças. -diz e amarra os cabelos em um coque frouxo. Fico observando sua postura, o jeito de lavar os pratos e talheres, tudo parece ser feito no automático. A senhorinha que estava sentada em uma cadeira perto da porta ergue o olhar de seu tricô e diz:
-Diga boa noite para Laura, não seja mau educada Olivia. -sorrio negando com a cabeça. -Ela irá ficar com a cama no seu quarto com sua mãe, espero que cuida da criança Hannah e Olivia.
-Tudo bem dona Judith, estou com pensamento longe, desculpe. -responde Olívia com um sorriso sem vida, vazio. -Olá, boa noite. Eu me chamo Olivia Sentyl, acho que seremos colegas de quarto.
Ela diz me olhando nos olhos e estendendo a mão para mim, coloco a xícara na mesa me levantando para pegar sua mão, sorrio pegando sua mão cheia de calos, nos encaramos e é como se estivesse me olhando no espelho do que sou agora.
-Laura Drummer, muito prazer. -acho que a muito tempo não converso normalmente, mas essa noite esta sendo boa, finalmente estou me sentindo livre para fazer o que sempre quis, interagindo com pessoas, comendo coisas diferentes. Espero que daqui pra frente seja ainda melhor.
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Sebastian
Meu pai praticamente me intimou a casar, se não ele passa tudo pro nome do meu irmão que ficou apavorado assim como eu.
Não sei o que fazer, as únicas mulheres que conheço são as prostitutas que trabalham para a máfia, mas duvido muito que tenha alguma que preste para um casamento arranjado.
Suspiro, o que eu faço agora?
Eu nem consigo pensar, pego meu carro e saio andando pelas ruas pouco movimentadas, isso sempre me ajuda a relaxar, aumentar a velocidade, ver as luzes passando como um flash.
Mas nada disso me faz ter alguma ideia de como seguir minha vida, como lidar com esses problemas que surgem a cada momento.
Volto pra casa cansado e com raiva de todos os acontecimentos dos últimos meses, tantas coisas para lidar.
Assim que entro vou direto ao quarto de Lian, ele dorme tranquilamente no berço, tão pequeno, frágil, delicado, tem apenas seis meses, ainda nem caiu a fixa de que eu sou pai, engravidei uma prostituta e assim que ela deu a luz sumiu no mundo, claro assim que lhe paguei uma certa quantia.
Em pensar que eu quase fiz ela tirar o bebê, meu filho primogênito, quase fiz uma besteira enorme, mas agora olhando esse ser tão pequeno que pode quebrar a qualquer momento me sinto o melhor homem do mundo.
Caio no chão de joelhos, já não tenho forças quase matei meu menino, mas está na hora de mudar um pouco, pelo meu filho e por mim, tenho que mudar.
Hora de mudar por ele, de achar uma esposa, eu não tenho a vida toda já estou com 25 anos, esta mais que na hora mesmo de me amarrar com alguém, procurar meu grande amor se é que isso existe mesmo.
Sai do quarto dele em direção ao meu, tenho muitas coisas para pensar mas é melhor fazer isso amanhã, quando eu estivesse menos estressado e sóbrio. Por mais difícil que minha vida esteja, por tudo que já passei, irei apenas tentar seguir adiante e ser feliz, ser pai, crescer.
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"Laura""Oito meses depois do fim"Corro para o quarto onde meus pequenos dormem, sim pequenos, Anna dorme com Charlotte, Caleb com Lian, então fizemos um quarto para o pequeno Noah, mas a grande surpresa no dia do parto foi a pequena Valentina como Jhonny havia a chamado quando a viu.Os barulhos de tiros haviam sessado mas logo recomeçaram, cada vez mais perto, sei que os mais velhos vão estar bem eu os instrui a trancar portas e janelas caso escutassem barulhos estranhos, mas os bebês estão desprotegidos e Seb viajou para Cuba com o pai e algumas outras pessoas a negócios, só resta eu as crianças, Dalla e Júlio na casa, fora alguns seguranças.Chego a porta do quarto e entro, os bebês continuam a dormir como se nada estivesse acontecendo do lado de fora, tranco a porta e pego a Glock de dentro da gaveta da comoda dos bebês.A alguns meses atrás sem que Seb soubesse Jhonny me ensinou a atirar, mesmo
"- R. L. -"Como é tedioso olhar essas prostitutas, tudo esta tão chato ultimamente e depois que meus filhos sumiram ficou ainda mais tedioso estar nesse lugar.-Chefe tem um homem querendo falar com o senhor, ele diz ser Adrian Wolker. -um Wolker querendo falar comigo. Levanto da poltrona e caminho até o escritório para esperar o tal homem.-Traga-o até aqui. -respiro fundo e me sento atrás da mesa, nada aqui está me agradando ultimamente, meu tio não esta por perto e sempre que chega esta diferente, é como se sua verdadeira imagem nunca tivesse me sido mostrada antes, mas tenho vagas lembranças de seu rosto, isso me deixa ainda mais curioso pra saber o que está acontecendo por tras de suas muitas máscaras.Escuto a porta ser aberta e continuo virado olhando a parede para me recompor de meus pensametos, escuto a movimentação na sala, espero um momento antes de me virar e encarar o homem mais conhecido da Itália, quer dizer do mundo.-V
"Laura"Já fazem exatamente quatro meses desde a morte de Diogo, da aparição de Olivia e de ter descoberto que Jhonny é meu irmão de sangue, não da mesma mãe ao que parece, mas do mesmo pai.As coisas estão tranquilas mas todos estão alertas por algum possível ataque, desde a descoberta que posso ser irmã de Olivia, começaram a mexer em tudo desde minha infância.Janet e Sávio são meus irmãos de sangue então possivelmente Olivia também seja, eles aceitaram bem a notícia que tinham três irmãos mais velhos contando com a Olivia, são crianças espertas, desde então Jhonny se prontificou a ficar com eles e eu não consegui negar.Estou entrando no quinto mês de gestação e a cada dia Bash está mais inquieto e protetor, mau consigo levantar da cama para fazer algo.Estou feliz mesmo que ja tenha quatro filhos mais dois vão chegar para fazer a alegria da casa, meus pequenos estão cada vez mais crescidos, a pequena Anna está linda com
"Laura"Ja faz duas semanas que estamos com os irmãos de Olivia, nesse meio tempo muitas coisas ruins aconteceram, mas parece que agora tudo está calmo.Meus filhos se deram bem com os irmãos de Olivia e tudo é dividido em igual como se eles também fossem meus filhos ou irmãos já que sao irmãos da Oli são meus também.Sebastian está tentando ficar em casa tanto quanto é possivel, diz ele que é porque o pai esta focado em achar quem matou Diogo assim o tempo dele fica quase todo ocupado, quando descobri isso foi um grande choque, logo em seguida Jinger despertou e contou o que havia acontecido no dia em que foi parar no hospital, todos ficaram surpresos quando contamos que Olivia estava viva, mais ainda quando dissemos que estamos cuidado dos irmãos dela.Parece que por agora teremos paz. Jinger voltou para casa logo após ganhar o bebê, todos tem suspeitas sobre quem é o pai apesar de Jinger continuar negando, todos parecem saber qu
"Sebastian"Quando o segurança infiltrado me ligou falando que uma mulher vestida de forma estranha havia entrado no quarto de Laura a primeira coisa que fiz foi encerar a reunião e correr para o hospital.Achei que meus olhos estavam me enganando quando vi parada ao pé da cama de minha esposa Olivia, viva, apesar de algumas pequenas diferenças, ainda é ela.A única coisa que tinha em mente era o bem estar da minha mulher e do meus filhos, fiquei ao seu lado sem entender nada até que Olivia saiu com o cara e deixou duas crianças, eles deviam ser alguns anos mais velhos que meus filhos.Sai pra buscar algumas coisas pras crianças comerem e deixei Laura sozinha, agora de volta ao quarto quero respostas.-Meu amor, como Olivia está viva? Porque ela estava aqui? E quem são eles? -aponto as crianças que agora estão dormindo abraçados na poltrona ao lado da cama.A menina acordou e perguntou pela irm
"Sebastian"-Senhor temos uma notícia não muito agradável. -olho o segurança sem expressar nada, já faz alguns minutos que Laura começou a fazer alguns exames para saber do bebê e so descobrimos depois que ela acordou hoje.-O carro do seu irmão foi explodido, infelizmente ele não resistiu, encontramos o corpo. -um baque forte toma conta do meu corpo, me encosto na parede zonzo. Meu irmão. Morto?-Como isso aconteceu? -levanto e pego meu celular, checando se alguma notícia online mais não há nada.-Ele estava saindo da boate e iria encontrar os gêmeos mas assim que entrou no carro ele explodiu. Ninguém de fora sabe, só as pessoas que estavam por perto, nem seus pais sabem ainda. -sussura a última parte.-Pode deixar que falo a eles, poderia começar os procedimentos. me deixe só. -como? Quem? Porque? Essas perguntas rondam minha mente e não consego compreender.-Bash... o que acontec
Último capítulo