Kim
Minutos depois, estou posicionada na barra de ferro e Artêmis solta uma melodia sinfônica que imediatamente me preenche, se enraíza nas minhas veias, corre pelo meu sangue e faz o meu coração bombear mais forte. Um paço lento e gracioso seguido de uma precisão e logo me vejo ocupando todo aquele espaço com os meus saltos e giros, sobe e desce, inclinações e elevações.
Estou viva outra vez!
Estou brilhando como uma pequena estrela que acabara de nascer no céu escuro e sem estrelas, e quando a música se acaba estou prostrada no solo lustroso e extremamente ofegante. As palmas de Artêmis me fazem sorrir e erguer o meu corpo com calma.
Ele gostou! Penso me sentindo especial dessa vez.
— Simplesmente linda! — Ele sibila se aproximando. Só então eu me mexo, ajeitando a minha postura para recebê-lo. — Eu filmei, espero que não se importe.
O que há de errado com ele? Por que está sendo tão bonzinho comigo depois de tudo que fiz?
— Eu não me importo. — O seu sorriso largo demais aos pouco