2° Capítulo

     D.Christophe

    Dizem que com os anos a sabedoria tende a aumentar, mas nunca realmente falam o preço que em sua maioria pagamos por ela. A dor tanto da saudade quanto da vingança e um ótimo professor para lhe ensinar, a paciência principalmente. Uma boa vingança requer tempo, esperar o momento certo, ele no entanto pode demorar anos para chegar e o meu finalmente chegou.  

  Contudo, na vingança existe preços altos a serem pagos, o amor pode ser o pior dele. Quando ser busca justiça pelas próprias mãos ter um sentimento por alguém pode ser um grande desafio, sua sensatez o obriga a abdicar do que sente para o seu bem como de quem ama, mas as vezes o sentimento vence ou você se cansa de senti saudade e não se importa mais com as possíveis consequências de manter alguém importante numa teia de segredos que você mesmo criou e que um erro levam a morte. Entretanto, o foco nunca deve ser pedido, principalmente quando deixa seu ponto fraco visível mesmo que seu inimigo não sabendo da sua própria existência. 


      Em minha vida aprendi a apreciar o escuro, a gosta dos braços frios da noite e da morte. Minto tão bem para o mundo que em momentos até eu mesmo acredito em minhas palavras, fato perigoso. Meu pai teria orgulho do homem que tornei-me, minha mãe odiaria. 


— Soube que vai ser fotógrafo na festa — encaro o homem sentado a mesa comigo olhando-me sem expressão alguma, talvez aguarde minha reposta para expor sua opinião sobre. 


     Por momentos seu rosto sério, livre de expressões lembram o do meu pai. 

— Sim — me limito a dizer levando a taça de vinho à boca. 

— Acho que esse e o momento certo de se reencontrarem — abre um sorriso divertido — uma lástima o que aconteceu com o fotógrafo, mas sorte que tínhamos alguém tão bom para substitui-lo — limpa um canto da boca com o guardanapo, não por esta suja, mas para esconder o sorriso misterioso que supõe mais do que deixa transparecer. 

    Acompanho seu sorriso sabendo que ninguém menos que ele foi o responsável por mim substituir o fotógrafo na festa, tenho a certeza que agora nem só eu acho que esse e o momento certo para me aproximar novamente dela. Foram muitos anos longe, anos que poderiam ter traçado um futuro completamente diferente do de agora, mas que não sei com precisão qual. Sacrifício são necessários numa vingança é o meu maior foi ficar longe dela, mantendo-me no escuro para reaparecer para todos na hora certa. Quanto menos alguém sabe da sua existência melhor, principalmente quando esse alguém e seu inimigo. 

— Prefiro não saber o que fez. 

— Como quiser. 

   O tempo passa e a rápida visita do Dom da máfia alemã chegou ao fim. Sozinho pelo resto da tarde perdido em pensamentos, tive tempo mais do que suficiente para refletir sobre se o que estou fazendo e certo, no entanto não cheguei a lugar algum. Gostaria de ter chegado, de poder encontrar uma solução que não fosse colocar tantas pessoas em risco, que não custasse a vida de quem amo. Para no fim ao menos ter uma maior chance de viver. 

— Você está lindo! 

— Obrigado Maria! 

   Me afasto do espelho para me aproximar de Maria parada na entrada do quarto. Uma expressão preocupada no rosto que se pudesse retirava. Ocupa tão bem o papel de minha mãe que as vezes à chamo assim. 

— Eu não gosto dela — olha nos meus olhos enquanto fala. 

— Gostaria de saber essa sua implicância toda com ela. 

— Ela será sua ruina, sua destruição menino. Deveria terminar seu objetivo antes de ir atrás dela.  

  Tenho uma imensa vontade de refazer sua frase e dizer que sou destruição. Um carma de família que todos os descendentes carregam.

— Não acredito nisso, e posso não viver depois de tudo para me aproximar dela — acaricio seu rosto antes de ir para sala encontrando Carlos em pé ao lado do sofá. 

— Ela será! E você muito viverá — reforça sua fala, cruzando os braços séria. Ela odeia quando falo que vou morrer. 

    Ignoro sua fala pendurando a câmera fotográfica no pescoço, estando lá como um verdadeiro fotógrafo ou não devo manter as aparências. 

— Katy virar aqui — aviso ao dois que não falam nada, só assistem eu deixar o apartamento com expressões fechada em silêncio.

    Ansiedade e tudo que sinto, em poucas horas finalmente encontrarei ela depois de anos, minha doce Lili. 

 Cecília Forchhmmer

— Senhora? — o soldado fala receoso,  visivelmente com medo que uma reação minha o posso ferir de algum jeito. No entanto, respiro fundo usando todo o auto controle que obtive ao longo dos anos para permanecer calma. 

— Onde ocorre o ataque? não vi nenhuma motivação estranha ou barulho que o denuncia-se. 

    Kauã minimamente suspirou aliviado, reação imperceptível aos olhos de outros, menos aos meus treinados para isso, nem mesmo meus soldados estão imune a minha leitura corporal sobre si. 

— Na parte de trás do salão tem uma estufa, quase tão grande quanto esse salão. E do dono do condomínio, usada para festa privativas ou especiais, a construção possui três entradas, uma delas dá de fundo para a rua foi por onde os invasores entraram, a outra a frontal e ligada ao um corredor que dá direto para as portas desse salão, e tem a lateral que dá no jardim — faz um gesto mínimo de cabeça apontando para a porta à suas costas — a porta que leva ao salão esta sendo protegida tanto pelo lado de dentro quanto de fora, a lateral tem um grupo de três soldados fazendo a vigia impossibilitado que o ataque saía da estufa e seja visto por curiosos. Tudo se encontra controlado, seu pai já foi retirado para um local seguro escolhido por ele mesmo, senhor Maik e Peter coordenam a contenção com maestria, mas seguir ordens do senhor Reinke para alerta-la caso a senhora queira uma emoção. 

     Sorrio olhando para o salão cheio da mais alta sociedade de Berlim, todos inertes em seus mundos sem a mínima consciência que afastado dali ocorre um ataque sangrento, com um motivo desconhecido a mim, mas não imaginativo. Poder, seja quem for que ataque a famílie deseja poder e destrui-la, no entanto os motivos não sei, apenas que o alvo central para esses planos iniciarem de vez começa com a morte do meu pai, o Dom da máfia alemã. 

— Não saía do salão, fique de olho em algum movimento estranho e alguém suspeito — ordeno calmante — diga para Alysson avisar a todos que procurarem por mim e por meu pai que tivemos que partir por um mal estar meu, mas que qualquer assunto importante podem nós procurar na empresa caso ela não posso resolver. 

    Aliso meu cabelo com os dedos, olhando disfarçado procurando o homem com quem conversei em poucos minutos, mas minha busca foi em vão não conseguir o achar em meio á tantas pessoas. Infelizmente. Volto a atenção para o soldado que aguarda minhas próximas orientações. 

— Deixe a equipe de limpeza à posto pronta para limparem a sujeira, e avise meu pai que o quero longe da ação, que fique segure onde está — espero sua confirmação para sorrateiramente sair do salão e ir de encontro à festa que eu amo participar. 

 Paro no lado de fora olhando para o soldado que vigia a porta, que rapidamente me indica o caminho que devo seguir. O corredor da esquerda, o contrário da porta frontal da estufa. 

— Que à noite seja finalmente animada... — sussurro para o silêncio do vazio corredor. 

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