Adônis Hart
Assim que chegamos à cidade vizinha, o cenário era tão estranho quanto a decisão de estarmos ali. Meu pai nos conduziu até uma fazenda isolada, algo que nunca imaginei que ele sequer conhecesse. Ele estacionou o carro, olhou em volta e suspirou como se carregasse o peso do mundo.
— Pai, isso é realmente necessário? — perguntei, tentando conter o tom de irritação.
— Sim, Adônis. Quando o pai da Pietra perceber que ela fugiu, a nossa casa será o primeiro lugar que ele vai procurar. Além disso, ele te ameaçou, e eu quero você e sua mãe a salvo. — Ele olhou para mim com uma determinação que não admitia objeções.
— Mas por que ajudou ela a fugir? Você sabe que isso só complica tudo. — Minha voz saiu mais dura do que eu pretendia.
— Porque ela é uma menina que nunca teve escolha. Porque eu quero aquele desgraçado preso. E… porque ela é o seu amor. — Ele deu um tapinha nas minhas costas, como se estivesse firmando a confiança entre nós. — Eu não podia deixar vocês dois sofrerem