RAUL ON
— Então como combinamos, amanhã irei vir ao anoitecer para te buscar, ok filhão? — lembro ao Pietro.
Apertei a campainha da casa dos pais da Laura, a qual tem sido o seu lar nas últimas semanas, enquanto isso esperamos alguém atender.
— Tá bom, pai. — Pietro responde, segurando as alças de sua mochila ansiosamente, por conta da saudade da mãe.
Eu até havia cogitado a ideia do Pietro vir após as aulas ver a Laura, durante a semana, mas pela longa distância de nossas casas, não pude fazer isso.
Logo, o portão é aberto e o meu sogro, Ronaldo, aparece.
— Olha só quem temos aqui! — Ronaldo sorri ao ver o neto.
— Vovô! — Pietro o abraça.
— E aí, garotão? Pronto para me enfrentar novamente num jogo de bola? — Ronaldo pergunta, animado com a presença do neto.
Desde que conheci o Ronaldo — da época em que vim pedir a autorização dele para namorar a Laura — não pensei que veria este homem ir de um pai super protetor e mal-humorado para um vô liberal e amoroso. Os netos têm este poder so