Denise sabia que algo estava acontecendo com sua sobrinha. Clair sempre foi uma menina doce, mas ultimamente estava distante, com um olhar perdido e pouco apetite.
Suspirou, olhando para a panela no fogão. Queria ajudar, mas sabia que Clair só falaria quando estivesse pronta.
— Essa menina está diferente… — murmurou para si mesma.
Decidida, preparou um chá de camomila e bateu levemente na porta do quarto de Clair.
— Filha, posso entrar?
Clair, que estava deitada olhando para o teto, demorou um instante antes de responder:
— Pode, tia.
Denise entrou, colocou a xícara de chá na mesinha ao lado e se sentou na beira da cama, olhando para a sobrinha com carinho.
— Querida, sei que algo está te incomodando. Você quer conversar?
Clair engoliu em seco. Parte dela queria desabafar, contar tudo o que estava sentindo, mas a outra parte…
O que ela poderia dizer? Que estava confusa porque seu chefe, um homem arrogante e lindo, a beijou e despertou nela sentimentos que nem ela sabia que tinha?
— Eu