Depois do almoço, mamãe saiu para cumprir sua função de “Mãetorista”, buscando os meninos na escola, levando-os ao treino e levando as meninas ao ballet. Eu me vi sozinha em casa, e o silêncio que era tão raro se espalhou pelo ambiente, tornando tudo ainda mais estranho.
Por mais que às vezes eu reclamasse do barulho constante da minha família, a ausência deles deixava a casa sem vida, como um quadro em branco. As risadas, as brigas e até mesmo os choros de Benjamim eram uma melodia familiar que eu não percebia o quanto amava até que tudo isso se calasse.
Olhei ao meu redor, percebendo o quanto a bagunça de brinquedos espalhados pelo chão e as meias perdidas pela casa eram uma parte essencial do meu lar. A mesa ainda estava um pouco bagunçada com pratos e talheres, e eu peguei o meu celular, tentando distrair minha mente do vazio que se instalara.
Entrei nas redes sociais novamente, mas desta vez, tentei ignorar as postagens que me faziam lembrar do que aconteceu. Em vez disso, procur