Deboche
A manhã entrava tímida pelas frestas da cortina do quarto. O cheiro de café recém-passado invadia o corredor, mas na cozinha reinava um silêncio estranho. Suzy acordou, o corpo ainda pesado do sono, e caminhou até a sala. Foi então que percebeu Sabine sentada à mesa, de costas para a janela, a pele marcada por hematomas arroxeados no braço e um corte mal cicatrizado na lateral do rosto.
Suzy parou na porta, cruzou os braços e ergueu uma sobrancelha.
Suzy debochada:
“ Nossa… quem foi a felizarda que conseguiu te deixar nesse estado? Aposto que foi uma mulher, né?”Ela soltou uma risada curta, mordaz. “Finalmente alguém com coragem suficiente para calar a sua boca.”
Sabine ergueu o olhar, frio como gelo. A raiva latejou em suas pupilas, mas ela tentou disfarçar, bebendo um gole de café antes de responder.
Sabine grosseira:
Coragem que você não teve. Agora cala essa boca, garota. Não sabe nada do que fala.”
Suzy encostando-se no batente, com um sorriso de escárnio:
“Ah, mas sei