Estou ligado naquela garota mais do que eu imaginava e não sei se gosto disso.
Acordo com um gosto amargo na boca e uma pressão incômoda no ventre. A urgência de fazer xixi me obriga a sair da cama, mas, antes mesmo de alcançar o banheiro, a lembrança do que aconteceu me atinge como um soco no estômago.
O vaso.
Meu Deus! Eu quebrei o vaso!
Meu coração dispara e sinto um nó apertando minha garganta. Foi uma peça cara, eu sei. Provavelmente valia mais do que tudo o que possuo. A sensação de culpa pesa sobre meus ombros, e solto um suspiro frustrado enquanto lavo as mãos, evitando encarar minha própria imagem no espelho. Mas a vergonha me obriga a fazê-lo.
O reflexo me devolve olhos um pouco inchados, a pele levemente pálida e um ar derrotado. Meu cabelo está bagunçado, um emaranhado de fios rebeldes que refletem a confusão na minha mente. Meu estômago revira e a vontade de sumir cresce dentro de mim.
Saio do banheiro sentindo-me desolada, e quando ergo a cabeça, dou de cara com André, parado no meio do quarto. As luzes estão acesas, lançando uma aura dourada sobre