125. Memórias

Luciana

Eu o afastei somente um pouco, e fiquei olhando em seus olhos.

Maurício deve ter achado que eu ia gritar, estalar a mão em seu rosto ou amaldiçoa-lo eternamente. No entanto, eu não fiz isso. Eu entendi que eu tinha poder sobre ele, e que deveria usá-lo em meu benefício. Afinal, ele pode ser um psicopata, mas continua sendo um homem, com anseios e angústias.

— Se eu o beijar, você permite que eu veja o Christofer? — Suscitei.

Maurício se afastou dessa vez, mantendo contato visual.

— Por que me faz uma pergunta assim tão difícil? — Ele disse, e me olhou como se eu o tivesse colocado contra a cruz e a espada. — Sim, é verdade que sinto muita vontade de beijá-la, mas não quero que o veja.

— Então é melhor que se decida. — Joguei a bomba para que ele digeris

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