Alyssa Ford vê tudo se destruir na sua vida. Ela precisa urgentemente de dinheiro e a única pessoa que ela tem em mente para ajudá-la é um homem perigoso a quem ela deve muito dinheiro. Ele oferece o dinheiro que ela precisa em troca de um favor; ela precisa encontrar um desconhecido em um bar, beijá-lo e roubar algo no bolso do seu terno. O desconhecido é Dylan Evans, um magnata dos negócios que tem sua família envolvida na política. Dylan pretende concorrer às eleições futuras como governador. Para isso ele não pode se envolver em nenhum escândalo. Mas a foto dele beijando Alyssa foi parar nos jornais, ele perdeu sua noiva e sua reputação está em jogo por causa de uma bela ladra de olhos azuis. Agora ele vai caçar Alyssa até que ela se submeta.
Leer másAlyssa
A primeira coisa que Mila e eu vemos entrando no lar da Garden Hall é um poster velho de um artista francês pendurado. Uma figura estranha ostentando bigode e pêlos no peito. — Aposto dez dólares que podemos adivinhar quem colocou isso — murmuro para Mila. Atravessamos o lounge bege que cheira a incenso e bolo de carne. Mais uma vez, questiono por que este lugar nos custa um fígado e um rim todos os meses. Nenhuma quantidade de loção lavanda pode mascarar a realidade deprimente – este lar para idoso é algo que mal podemos pagar, graças ao péssimo planejamento de aposentadoria da minha mãe e meu status de falência – é um milagre eu tê-la mantido aqui por tanto tempo, tirando dinheiro de onde não tenho. Trabalhando mais que meu corpo consegue. Ouço sua voz estrondosa antes de avistá-la. Ela parece bem hoje, considerando seus vários problemas de saúde. Diabetes é um deles, que nos custa caro todos os meses. Nunca imaginei que algo que a mantém viva pudesse custar tão caro quanto insulina. Ela está bem no meio de um grupo de senhoras empunhando pincéis, como se ela fosse a abelha rainha aqui. Ela é pele e osso, como um passarinho magricela. Minhas entranhas se reviram de culpa toda vez que visito este lugar. Culpa por ela estar presa neste lugar aos sessenta e seis anos, em vez de estar em casa conosco. Culpa por não poder ganhar o suficiente para cuidar dela sozinha e não poder contratar um cuidador em tempo integral. Culpa por eu guardar ressentimento por ela ter planejado despejar isso em mim. Por ela não ter cuidado do seu futuro e ter gastado tudo em uma vida inteira de ostentação. — Eu vivia de acordo com aquela época — ela gosta de me dizer, como se isso de alguma forma a isentasse de qualquer responsabilidade. Agora o estrago está feito, nós estamos falidas e não temos dinheiro para comprar o básico. Mamãe deveria estar bebendo mimosas na praia, flertando com algum senhor bonitão. Não pintando bigodes com Lya, que sempre esquece seu maldito nome. Eu esboço um sorriso, bancando a filha obediente, e empurro meus pensamentos feios para o fundo. — Minhas garotas fabulosas estão aqui! — Mamãe fala no volume máximo, chamando a atenção de todos. Ela se vira para sua amiga pintora. — Leve isso, Liza, querida, abra espaço para minhas meninas! Ela está mandando, não pedindo, enquanto empurra a cadeira de rodas de Liza para o lado com um barulho que faz meus dentes rangerem. Eu me encolho quando uma das cuidadoras olha para o outro lado da sala. Agarrando a mão de Mila, vamos direto para mamãe antes que ela cause uma cena ainda maior. — Sério, precisa agredir as pessoas? — Eu forço leveza em meu tom. Ela acena alegremente. — Oh, por favor, ela não se importa! Certo, Liza? Dou um tapinha consolador em Liza, mas ela apenas sorri. — Sou mais durona do que pareço, garota. Mamãe sorri, triunfante por seu direito de matar moradores de casas de repouso sem consequências. Engulo minhas emoções e colo um sorriso no rosto enquanto trocamos beijos. Meu olhar pousa nas pinturas amadoras – fileira após fileira de homens seminus. — Desde quando a aula de arte é uma exposição de homens nus? — Eu sorrio. Conhecendo as regras anti-diversão do lar de idosas, estou chocado que eles tenham deixado isso acontecer, ainda mais porque mamãe não tem pudor em desenhar homens nus. — Eu disse a eles que não vou mais desenhar lírios ou rosas, ou vou me revoltar! Quantas malditas flores uma mulher pode pintar? Ela aponta um dedo acusador para as flores. — Eu dei um ultimato: apenas mande James para ser modelo. O pobre James, o enfermeiro. Um dia, vou encontrar mamãe gritando em protesto e liderando uma campanha de Idosos exigindo orgias. — Conte-me tudo — ela murmura quando tudo passa. — Mila, como foi sua apresentação? Mila mergulha na história de sua apresentação na faculdade. Tento ficar atenta, mas é difícil. Metade da minha atenção está voltada para uma das cuidadoras à espreita como um abutre esperando para atacar. Afundo na cadeira, com a garganta apertada. Enquanto isso, Mila dá uma barra de chocolate para mamãe debaixo da mesa, que decido ignorar. Mas não posso deixar de lançar um aviso quando Mila termina. — É melhor você comer refeições de verdade também. Não apenas lanches. Ela dá de ombros. — Aqui eles só servem algo bom como macarrão com queijo uma vez na semana. — É melhor que seja maravilhoso pelo que pagamos a este lugar — murmuro, mais para mim mesmo. Seu sorriso vacila e eu me dou um tapa mentalmente. Bom trabalho. — Eu já disse, há um lugar muito mais barato em Utah — diz ela. — Eu adoraria morar em Utah. Peço paciência enquanto as discussões familiares circulam. — Aquele lugar parecia terrível. Não vamos mudar você para Utah — digo categoricamente. — Não está certo você gastar todo o seu dinheiro neste lugar. — Sua carranca muda para um sorriso deslumbrante enquanto a enfermeiro sexy James se aproxima para tirar os materiais de arte. Ela cutuca Liza. — Nossa Aly deveria gastar seu dinheiro namorando homens bonitos. Certo, James? Meu rosto esquenta quando James olha, quase derrubando a lixeira. — Mãe! — Eu sibilo com os dentes cerrados. Ele sorri incerto antes de se afastar. Quero me enfiar no chão. É como lidar com uma mãe adolescente. No segundo em que ele está fora do alcance da voz, eu a encaro com raiva. — Você tem que olhar descaradamente para a equipe? Mamãe dá de ombros. — Ah, relaxe! Um pouco de flerte inofensivo nunca fez mal a ninguém. — Você poderia pelo menos salivar para caras da sua faixa etária? Ela solta uma risada que se transforma em um chiado. — Você viu as relíquias aqui? Você não quer homens velhos e flácidos só porque é mais velha. Na minha idade você já teve aventuras suficientes para saber o que é bom. Confie em mim, eu sei. Reviro os olhos. — Poupe-me dos detalhes. — Ela solta um suspiro grande e dramático. — Eu deveria pelo menos dar a James o seu número. Ele tem trinta anos, parece um modelo de revista e é enfermeiro. O que mais você quer? — Absolutamente não. Nada de encontros, por favor. — Alguém tem que assumir o comando, já que você não o fará — ela retruca. — Eu namoro — respondo fracamente. Mila bufa. — Me poupe. Eu solto um suspiro. — Tudo bem, não ultimamente. Mas entre o caos no trabalho não tenho tempo para conhecer ninguém. Não é como se eu tivesse desistido de transar. Eu simplesmente não tenho tempo a menos que seja algo sério. Mila e mamãe agem como se minha vida amorosa inexistente fosse uma falha pessoal. Sério, o que elas esperam: que eu saia com caras aleatórios do Tinder e minha pontuação de crédito se corrija magicamente? As contas serão pagas magicamente pela fada dos encontros? Aquela vozinha irritante na minha cabeça me lembra do meu antigo namorado. Sempre reclamando por estar muito ocupada, trabalhar até tarde ou sair com a mamãe. Dizia que não tinha tempo suficiente para ele. De qualquer forma, estávamos caminhando para um desastre, mas uma vozinha dentro de mim quer gritar: — Talvez eu tivesse mais espaço para o amor se não estivesse enterrada nas contas da casa de repouso. Neste momento, a minha vida consiste em conseguir estabilidade. Até que as ervas daninhas sufocantes da dívida se soltem, estou basicamente em um relacionamento disfuncional com minha própria ansiedade. Não posso me dar ao luxo de reclamar ou desmaiar sob o peso de tudo isso. Porque quem mais vai resolver isso para mim? O rosto da mamãe desmorona quando ela aperta minha mão. — Eu só quero que você viva sua melhor vida, querida! Quero dizer, olhe para este lugar. Estou cercada por pessoas quase mortas aqui. Eu contenho comentários ásperos. Seu humor negro é apenas sua maneira de lidar com seus problemas de saúde. Da mesma forma que ela lidou com a situação quando os negócios do papai despencaram. E ainda mais depois que ele faleceu, alguns anos depois. Vejo a gerente fazendo rondas. Ela aponta um dedo para mim e meu estômago embrulha. — Volto em um segundo — digo à mamãe, tentando parecer casual. Ela solta minha mão, tentando parecer durona. Vou até a gerente, meus tênis rangendo no chão como um filme de terror ruim. Ela está apenas fazendo seu trabalho, claro, mas ela tem um jeito de me irritar: o constante pigarro, aquelas sobrancelhas críticas, que parecem estar sentindo um gosto amargo. Ela mergulha direto, sem preparação. — Sem rodeios. Você sabe por que eu liguei para você. Eu engulo em seco. Sim, estou dolorosamente consciente. Pagamos antecipadamente a cada seis meses, mas com o aumento insano de preços e minha renda estagnada, desta vez não conseguir pagar. — Só preciso de alguns dias — digo uniformemente, reprimindo o desespero. — Você receberá o valor total até sexta-feira. Juro. — Amanhã. Meio-dia em ponto. — Ela cospe cada palavra agressivamente. — Sem exceções, senhorita Ford. Tenho certeza que minha alma murchou, mas luto para manter minha expressão neutra. — Entendi. Amanhã. Adeus, alimentação; Gostei do nosso tempo juntos. — E não se esqueça dos juros por atraso — ela acrescenta, quase alegremente. Meu olho se contrai. Imagino aquela mulher trabalhando como agiota. Não me chocaria se ela tivesse um taco de beisebol escondido debaixo da mesa. — Alguma chance de você dispensar os juros só desta vez? Estou sempre dentro do prazo com os pagamentos. A resposta dela é mais fria que o Ártico. — Pagamento integral mais juros, até amanhã, ou sua mãe precisará encontrar outro estabelecimento até o final do mês. Dou um passo para trás e me forço a respirar. De jeito nenhum eu conseguirei todo esse dinheiro em vinte e quatro horas. Mas forço confiança em meu tom. — Eu vou pagar. Não há necessidade de ameaçar despejo. Seus olhos se estreitam. — Amanhã. — Sim, eu ouvi você da primeira vez — eu respondo. Voltando para mamãe e Mila, abro o sorriso mais feliz que consigo, sufocando o pânico. Preciso corrigir isso de alguma forma. Mas por enquanto, vou canalizar minha atriz interior e fingir que tudo está bem. Mamãe me dá aquele olhar, aquele que vê através de mim. — Tudo bem, querida? Parte de mim quer rir histericamente. Quando foi a última vez que algo esteve simplesmente bem? Dou um tapinha em seu braço de forma tranquilizadora. — Apenas uma porcaria de administração chata. — Estávamos conversando sobre planos para a Páscoa — diz Mila, e eu a abençoo silenciosamente pela mudança de assunto. — Talvez pudéssemos levar mamãe para passar o dia? Alugar um carro e ir ao parque se o tempo permitir? — Parece perfeito! — Eu interrompo, com um nó no estômago. Isso presumindo que nossos ovos de Páscoa não venham com a surpresa oculta de um aviso de despejo. Olho meu relógio: não tenho muito tempo para consertar esta catástrofe iminente. — Tenho algumas coisas para resolver, mas passaremos por aqui na quarta-feira, certo? Terminamos com abraços e Mila e eu escapamos. Chegando às ruas, respiro fundo, esperando por uma solução milagrosa. Vai ficar tudo bem, digo a mim mesmo. Tem que ficar.Dylan Eu corro antes que Madison possa vomitar mais do seu charme. O cara é um excelente exemplo de quem compra tudo com dinheiro mas nunca a beleza. Mas a filha dele, ela sim, tirou a sorte grande no departamento de beleza.Kristy Madison olha para uma escultura de gelo do outro lado da sala, parecendo preferir mergulhar de cabeça nela do que socializar. Não posso dizer que a culpo.Ainda bem que a filhinha do papai puxou a mãe. Uma ex-anjel da Victoria's Secret. Lembro-me de babar nos seus pôsteres de biquíni quando era um adolescente louco por hormônios, pensando que um dia me casaria com ela.Quando finalmente a conheci, aos vinte anos, voltei a ser um adolescente babão.Ela é o epítome da beleza. Ainda não consigo entender como ela acabou com Madison. Aposto que ela tem algum amante atraente as escondidas.Mas aqui está sua filha, Kristy, parecendo exatamente o anjo que sua mãe era. Ela é tudo o que minha pequena ladra não é: delicada, elegante, grandes olhos de corça exalando
DylanFaz uma hora que sou oficialmente solteiro, e agora eu preciso competir pela atenção do pai de Marcely, o governador. Essa relação era importante para mim, porque ele teria orgulho de me lançar como seu sucessor em dois anos, mas agora meu casamento por conveniência foi pelo ralo e eu teria que arrumar um jeito de lidar com a fúria do meu pai.Esse cargo político não me interessa, mas meu pai daria a vida por isso. Eu estou filiado ao partido desde que saí do colegial. Estou usando o meu charme no piloto automático agora - rindo de piadas terríveis, acariciando egos a torto e a direito. O álcool está fazendo a sua parte, relaxando todo mundo.Esta noite, porém, a máscara parece sufocante. Esses eventos costumavam ser fáceis. Agora a conversa fiada banal irrita, minhas habilidades sociais me corroendo a cada dia.Se os médicos estiverem certos, pode chegar um momento em que eu não consiga mais jogar esse jogo.Pego outro uísque, tendo perdido a conta em algum lugar entre o discur
DylanNosso sedã serpenteia pelo trânsito caótico da Califórnia, parando em frente ao nosso clube luxuoso. Aquele é meu empreendimento favorito e carrega nosso nome estampado em dourado na frente.Cada vez que coloco os olhos nele, sinto um orgulho profundo e feroz em meu peito. É um maldito monumento no horizonte, um tributo gigante ao império que construímos do zero.Lembro-me da primeira vez que o vi imortalizado em algum estande de arte na calçada – me custou dez dólares, mas dei cem de gorjeta ao artista. Ainda tenho emoldurado no meu banheiro privativo.Somos recebidos por um circo da mídia: repórteres e equipes de filmagem isolados atrás de barricadas, celebridades e políticos se vangloriando de seus quinze minutos de fama antes de irem ao open bar.Saio do carro e é um caos. Microfones enfiados na minha cara, repórteres gritando uns com os outros como um bando de hienas. Um idiota tenta escorregar por baixo da corda e quase acaba comendo a calçada.— Senhor Evans, você termino
DylanAntigamente, os longos banhos eram minha escolha para lavar as merdas do dia. Mas isso foi antes de eu receber o tipo de notícia que faz você repensar tudo. Saúde é riqueza? Sim, aprendi isso recentemente e forma mais dolorosa. Aperto a mandíbula enquanto a água escaldante bate nas minhas costas, deixando minha pele com um tom de vermelho que grita por misericórdia. Eu aqueço mais.A música pulsa no som surround, o baixo pulsante vibrando os azulejos como uma batida de coração. As palavras daquele maldito médico continuam repetindo na minha cabeça, não importa o quão alto eu aumente o volume.— Cada caso é único — disse ele. — Não podemos prever como isso irá progredir. Tudo o que podemos fazer é tentar administrar.Geralmente sou excepcional em manter minhas emoções sob controle. Como quando uma cobra que trabalha conosco há anos me apunhala pelas costas – sim, fico chateado, mas depois sigo em frente. Não adianta ficar pensando nisso. O mesmo vale para a imprensa ruim – aceit
DylanVou até a mesa da segurança, com a mandíbula cerrada, e encontro segurança com os pés para cima, rindo com a boca cheia de pizza, indiferente quando me aproximo. Idiota inútil. Não admira que alguém tenha saído valsando com meu Porsche.Bato as mãos na mesa. — Ei.Ele pula tão alto que seu copo gigante de refrigerante sai voando e encharca as calças. — S-sr. Evans! — ele gagueja, com a boca suja de pizza.. — Senhor, eu não vi você... — Claramente — eu o interrompo. — Talvez se você mantivesse os olhos nos monitoresem vez da TV, você teria visto quem saiu daqui com meu Porsche. Seu rosto perde a cor. — S-seu Porsche? — Ele verifica a câmera de segurança, e vê a minha vaga vazia. — Oh Deus. — Parece que ele está prestes a vomitar ou mijar. Talvez ambos.Eu me inclino para perto, minha voz baixa.— Você responderá por isso mais tarde.Ele tropeça, encharcado de refrigerante, e por uma fração de segundo parece que vai protestar. Mas então ele vê a expressão em meus olhos e pensa
DylanEu estava bêbado pra caralho, nem sei como conseguir chegar ao meu quarto de hotel no clube. Tive que beber um pouco mais depois de levar um chute na bunda de uma desconhecida.A pior parte de dormir em uma suíte é arrastar minha bunda para cima antes do amanhecer para fazer a caminhada da vergonha com as roupas amarrotadas da noite passada. Não admira que a equipe fofoque.Esse padrão está ficando velho. Trabalho muito, depois bebonaté ficar inconsciente, desmaio na minha suíte particular, às vezes depois de uma foda, e então acordonme sentindo exponencialmente pior do que antes. Me recupero e repito.Eu sei que estou arriscado, porque meu futuro posto requer que eu tenha um caráter impecável. Sem escândalos. Mas fazer isso na minha propriedade me dá a segurança que ninguém descobrirá as minhas aventuras.Eu também não iria beber um pouco mais, iria para cama mais cedo. Mas ser afastado no meio de uma transa na noite passada foi um novo ponto baixo. Isso nunca aconteceu antes e
Último capítulo