Meu Companheiro Marcou a Própria Madrasta
Meu Companheiro Marcou a Própria Madrasta
Por: Vegetable
Capítulo 1
Naquela noite, Mason finalmente voltou para casa. Ele apareceu na porta, com cheiro forte de álcool barato, e cada parte dele exalava o perfume inconfundível de Olivia, Jasmim-noturno, almíscar branco e um leve traço de folha prateada. Era uma fragrância conhecida por seus poderosos efeitos afrodisíacos. Era fácil imaginar a cena apaixonada que tivera com sua madrasta.

Assim que Mason entrou, me viu sentada no sofá, concentrada em um livro. Ele sorriu e abriu os braços para me abraçar. Mas, desta vez, eu o empurrei com calma e firmeza.

— Mason, por favor, vá tomar um banho primeiro. — Disse friamente, com o olhar fixo nas marcas de mordida amorosa em seu pescoço. Ele levou a mão até o pescoço, tentando cobri-las instintivamente.

— Desculpe, Evelyn. — Murmurou.

— Não se preocupe. Olivia está grávida agora. Logo, você será meu companheiro oficial. — Acrescentou, como se essas palavras pudessem aliviar a ferida pulsante no meu peito. Fechei os olhos, respirei fundo, tentando engolir a dor que ameaçava me consumir.

— Mason, não quero a coroa de Luna. Eu só desejo que possamos ficar juntos… como uma família de verdade.

Ele hesitou por um momento, depois sentou ao meu lado e me puxou para um abraço forçado.

— Evelyn, é você quem eu mais amo. Eu te prometo. Assim que Olivia der à luz ao herdeiro, cortarei todos os laços com ela e farei de você minha Luna. Tudo bem?

Por um instante, suas palavras me abrandaram, mas a imagem clara de seus atos com Olivia logo reacendeu minha raiva.

— Vá tomar banho. — Repeti em voz baixa, me soltando suavemente de seus braços antes de me levantar e voltar para o quarto. Mason, sem perceber a minha decepção, falou com naturalidade:

— Não se preocupe, Evelyn. Vou tentar passar mais tempo com você. Olivia entende. Ela quer que eu esteja mais com você.

Não respondi. De costas para ele, achei aquilo absurdo. Mesmo sendo sua companheira designada, eu precisava da permissão de outra mulher para estar com ele. Sentia-me como a amante, um obstáculo entre a verdadeira Luna e o Alfa.

Nesse momento, a empregada de Olivia entrou abruptamente.

— A Luna Olivia desmaiou!

— Já vou. Chame o médico. — Disse Mason, se levantando.

Então, quase como se fosse sem querer, murmurou:

— Estranho... Ela parecia perfeitamente bem depois da nossa... intimidade. Eu até a ajudei com o banho...

Ele parou, percebendo o peso das próprias palavras.

— Me perdoa, Evelyn... Olivia está grávida. Ela precisa de mim.

Mason não esperou minha resposta. Já estava indo em direção à porta.

Nossa filha espiou do quarto.

— Papai, onde você vai?

Mason, já vestindo o casaco, olhou para ela, depois para mim. Cerrei os punhos, as unhas afundando nas palmas.

— Mason, você acabou de chegar. Não pode passar nem um momento conosco?

Ele hesitou por um segundo, depois balançou a cabeça como quem afasta um pensamento inconveniente.

— Espere por mim. Eu volto já. — Disse. — Meu pai se foi. Minha madrasta precisa de mim... Olivia tem medo de ficar sozinha. Eu tenho que estar lá com ela.

E, com isso, ele saiu sem olhar para trás.

Quando a porta se fechou com força, senti meu coração se despedaçar.

Nossa filha se aproximou e sussurrou:

— Mamãe... O papai foi de novo ver aquela tia? Você não é a companheira dele? Por que ele dorme com outra mulher toda noite? Aquela mulher não é a mãe dele? Como eles podem dormir juntos?

Abaixei-me e a abracei, forçando um sorriso. Meus lábios se abriram, mas não consegui explicar um caos tão vergonhoso. Em vez disso, desviei o assunto, brinquei com ela, distraí sua mente até que ela adormecesse.

Depois, deitei na cama, com pensamentos inquietos girando na cabeça. Virei de um lado para o outro, sem conseguir descansar.

Anos atrás, abri mão do meu direito de herança como sucessora da Alcateia da Lua Sangrenta na América do Norte, por causa de Mason.

Minha família dizia que ele não era digno de mim.

Mesmo assim, fui contra todos, fugi com ele, e o segui de volta à Alcateia Fantasma.

Acreditei ingenuamente que enfim poderíamos viver uma vida feliz juntos.

Mas logo após nossa chegada, o pai dele faleceu. O Rei Alfa impôs um ultimato: só permitiria que Mason herdasse o título de Alfa se Olivia, sua madrasta, engravidasse.

E assim, ele começou a dormir com ela, repetidas vezes. A cada vez que voltava para casa, o corpo dele trazia os sinais de Olivia, fortes, pungentes, como lâminas cortando meu coração. E, a cada vez, ele repetia as mesmas promessas vazias:

— Evelyn, aguente só mais um pouco. Logo isso vai acabar.

— Quando eu me tornar Alfa, darei tudo a você.

Dez anos de amor, reduzidos a nada além de promessas quebradas.

Eu sabia que não podia mais suportar isso. Fechei os olhos e ativei o elo da alcateia.

Imediatamente, senti o chamado familiar da minha família, lá longe, na América do Norte, me chamando de volta.

— Evelyn, é você? Minha filha, onde você está?

— Volte para casa, querida. Sentimos muito a sua falta.

— Sim...

Lágrimas encheram meus olhos.

Era hora de partir.

Pela minha filha.

E por mim.

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