Meu Companheiro Escolheu Ela em Vez do Nosso Filhote
Meu Companheiro Escolheu Ela em Vez do Nosso Filhote
Por: Peachy
Capítulo 1
Fui incriminada e perdi meu filhote. Mas meu companheiro, o Alfa Byron, protegeu a assassina, Ariana. Ele estava até disposto a machucar minha própria mãe e irmão por ela.

— Sandra tem que perdoar Ariana publicamente.

A voz de Byron cortou através da parede da sala ao lado.

Pressionei-me contra a parede, prendendo a respiração.

— Alfa, mas ela acabou de perder o filhote...

— É exatamente por isso que temos que encerrar isso. Agora — ele interrompeu seu Beta. — Não posso perder mais ninguém.

— A única maneira disso terminar pacificamente é se Sandra perdoar Ariana em público. Se ela se recusar, cortem o fornecimento de Pétalas Lunares da mãe dela.

Meu coração parou.

Desde minha cerimônia de acasalamento, minha mãe havia sido atingida por uma misteriosa maldição de sangue.

As Pétalas Lunares eram a única coisa mantendo-a sã.

Sem elas, a maldição despedaçaria sua mente em três dias.

— Alfa, isso é cruel!

A dor tensionava a voz de Byron.

— Eu sei que é cruel, mas ela precisa aprender a colocar a alcateia em primeiro lugar. Estou protegendo-a de mais dor! Depois da cerimônia, vou me desculpar pessoalmente e dobrar o fornecimento de Orquídeas Lunares. Por enquanto, ela só precisa se acalmar.

Cerrei a mandíbula, minhas unhas cravando nas palmas com tanta força que senti gosto de sangue.

Proteção? Ele estava machucando minha família, protegendo quem matou meu filhote, e ousava dizer que era por mim?

A conversa continuou, mas não conseguia mais ouvi-la.

Virei-me e caminhei até a varanda, minha mão trêmula puxando um comunicador criptografado do bolso.

Sete anos.

A primeira vez que o ligava em sete anos.

Tocou três vezes antes dele atender.

— Sandra? — A voz do meu pai estava chocada. — Filha, o que houve?

— Pai. — Minha voz estava rouca e quebrada. — Vou aceitar o casamento.

Silêncio.

Então, um longo e pesado suspiro.

— Eu sei que não tenho o direito...

— Tenho uma condição — interrompi-o. — Quero que você destrua a Alcateia Blackwood. Completamente.

— Sandra...

— Eles mataram meu filho. Prenderam Liam. Estão usando minha mãe contra mim. — Cada palavra foi arrancada do meu peito. — E meu companheiro, meu Alfa predestinado, é quem está por trás de tudo isso.

— Malditas guerras de alcateia — meu pai praguejou. — Se não fossem por elas, nunca teria machucado você e sua mãe. Nunca teria deixado vocês irem.

— O passado não importa — disse, encarando o céu noturno. — O que importa é a cerimônia da Lua de Sangue. Em sete dias.

— O que você está planejando?

— Vou fazer eles pagarem. Na frente de todas as alcateias.

Fechei os olhos, a memória de uma noite perfeita tomando conta de mim.

O Solstício de Verão, três anos atrás.

A lua cheia pintava o mundo de prata.

Eu estava num vestido branco, participando da cerimônia como adulta pela primeira vez.

Então o vi.

Byron. Ele estava sob o luar, seus olhos dourados como sóis ardentes.

No momento em que nossos olhos se encontraram, o mundo silenciou.

O vínculo de companheiros se encaixou entre nós.

Aquela atração sagrada e irresistível me fez acreditar que ele era um presente da própria Deusa da Lua.

— Você é minha — ele tinha dito então, sua voz num sussurro de amante. — Esta noite, e por toda a eternidade.

Acreditei nele.

Meu Deus, eu realmente acreditei nele.

— Sandra? — A voz do meu pai me trouxe de volta.

— Sete dias — disse. — Me dê sete dias para preparar o cenário. Na noite da Lua de Sangue, preciso dos seus guerreiros na fronteira.

— O que você precisa que eu faça?

— Resgate Liam. Depois me observe encerrar isso sozinha.

— Minha filha. — Podia ouvir o orgulho e a dor na voz dele. — Você tem certeza disso? Uma vez que um vínculo de companheiros é completamente rompido...

— Ele foi o primeiro a profaná-lo — disse, minha voz fria como gelo. — Agora é minha vez.

— Certo. Vou deixar tudo pronto.

Encerrei a ligação e guardei o comunicador.

O vento noturno estava fresco contra meu rosto, um pequeno momento de alívio.

Passos soaram atrás de mim.

Congelei.

— Sandra?

A voz de Byron. Merda. Quando ele voltou? O que ele ouviu?

Virei-me devagar.

Seus olhos dourados — aqueles nos quais eu costumava me perder — estavam fixos em mim.

Vi o calor familiar em seu olhar, mas estava manchado por um lampejo de culpa.

— Você acabou de perder nosso filhote — ele disse suavemente. — O que está fazendo aqui fora tão tarde?
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