— Está tudo bem, Mikaela. Não é necessário cobrir as horas, você estava de atestado médico.
— Ah, é mesmo. Eu tinha me esquecido que as leis trabalhistas aqui no Brasil é diferente — forcei um sorriso. — Por que eu estou aqui então?
— Nós vamos combinar um novo horário para você; agora irá trabalhar meio período.
— Por quê? — Minha pergunta soou desconfiada.
— Porque não queremos outra internação hospitalar no seu currículo. Eu também quero ressaltar que, na próxima vez que você esconder que está passando mal, vai levar uma advertência.
— Agradeço por tudo, e sinto muito pelo transtorno.
Ele só balançou a cabeça e me mandou sair. Quando passei pela porta, a Aruna estava chegando.
— Olha só quem resolveu aparecer, a noiva cadáver — falou, com puro deboche.
— É, eu estou de volta. Você sentiu minha falta Aruna? — perguntei, com meu melhor sorriso.
— Eu? Se enxerga, "fia", para mim você nem deveria ter voltado. Nem você, nem a sonsa da sua amiguinha...
Ela para de falar quando