Quando terminei de contar a parte mais trágica da minha família eu cobri o rosto e comecei a rir de nervosismo:
- Isso é muita bizarrice para você?
- Não!
Então ele se aproximou de mim e me deu um selinho, depois retirou os pratos e não me deixou mexer nem o dedinho do pé.
Depois do jantar ele me convidou para conhecer o lugar favorito dele no dia seguinte e eu tive que recusar, apesar da curiosidade para descobrir que lugar era esse, tinha as provas na semana seguinte.
Combinamos um novo encontro para o outro sábado e fui embora da casa dele. Quando cheguei em casa resolvi contar a novidade para a minha mãe.
Quando cheguei a minha mãe estava falando no telefone e, assim que me viu, desligou.
Fui até ela com o meu coração batendo tão forte que acho que até meu irmão, a dois quartos de distância, conseguia escutá-lo.
Sentei-me na cama e a encarei, olhos tão maternais, eu nunca tinha arrumado nada nem perto de ficante, o tratamento muda bastante de um garoto para uma garota, não tinha ideia do que esperar!
- Mãe, precisamos conversar e eu não sei se você vai aceitar muito bem.
- Pode falar, não faça suspense!
- É o seguinte, a Natália me apresentou um amigo dela há algumas semanas, o nome dele é Noah e ele cursa direito, e bom... Nós estamos nos conhecendo e acabamos ficando, desculpa não dizer nada, eu tinha medo da sua reação...
- Pare! Não vou brigar com você, tem 18 anos, não é muito responsável, mas já pode decidir a sua vida amorosa.
Minha mãe aceitou, mas fez algumas exigências que eu acho que toda mãe faria: Passar a tomar anticoncepcional, conhecer o Noah e para sempre contar para ela quando fosse me encontrar com ele.