A ausência de Mike era um buraco escuro dentro da casa. Fazia oito dias que ele havia viajado e, desde então, tudo se desfez lentamente. Primeiro o silêncio. Depois a crueldade. Yanika suportava por causa deles: Sae e Minho, os gêmeos de apenas um ano.
Mesmo tão pequenos, eram tudo o que ela tinha. Mas agora, até eles pareciam se afastar.
— Não toca neles — disse Younha, parando ao pé da escada com os braços cruzados. — Eles estão confusos com a sua presença.
Yanika, ajoelhada no chão com um pratinho de papa, tentou manter a calma.
— Estavam com fome, eu só quis ajudar...
— Não é mais a babá, Yanika. Não é nada aqui. — O tom de Younha era frio, venenoso. — Se continuar forçando esse laço, eu te expulso.
Minho estava no canto da sala, sentado, com os olhinhos úmidos. Sae, no colo da babá nova, olhava em silêncio. Nenhum correu para o colo dela. Nenhum balbuciou "mamã", como antes.
Ela sentiu o coração quebrar.
Younha era uma ômega lúpus. Tinha status. Presença. Influência. Estava no to