O tempo passou rápido — pelo menos para todos, menos Mike.
Desde que Yanika anunciara a gravidez, a vida dele nunca mais foi a mesma. E desde o casamento (realizado dois meses depois do positivo), ele se descobrira completamente apaixonado por tudo o que dizia respeito àquela mulher… exceto, talvez, pelos momentos em que ela acordava às quatro da manhã dizendo que precisava desesperadamente de manga verde com sal e limão.
— Amor… — veio a voz suave da cama.
Mike virou o rosto no travesseiro, ainda sonolento.
— Não... não pode ser...
— Estou com vontade de comer arroz com banana.
— Arroz… com quê? — ele se ergueu na cama, os olhos inchados. — Yanika, amor, são três da manhã.
— É agora ou eu vou chorar — ela murmurou com aquela voz dramática e ameaçadora que só uma grávida com fome sabe fazer.
Mike suspirou, sentando-se com um suspiro vencido.
— Tá bom. Banana tem. O arroz… acho que sobrou do jantar.
— Sem alho. E sem cebola. Hoje meu estômago tá de mal com eles.