— Molhada.
Eu congelei. Porque ele não estava errado.
Eu encharcava a calcinha outra vez. As coxas grudavam. A respiração saía irregular. A boceta pulsava, dolorida.
— Você é mau — Eu sussurrei.
— Você adora.
— Eu odeio.
— Você já está levantando o quadril.
E, pela Deusa.
Eu estava.
Meu corpo se movia sem pedir permissão, se contorcendo, carente, traidor.
— Eu juro — Arfei — que, se eu engravidar de mais por causa disso, eu incendeio o Templo da Lua e grito o seu nome nas cinzas.
— Você já grita o meu nome — Rosnou, soltando o cinto.
No segundo em que a fivela fez aquele clique metálico, eu soube que estava perdida. Perdida de verdade. Tipo... pode espetar um garfo em mim, entalhar "fecundada" na minha lápide e erguer um altar no Salão das Putas, porque eu estava prestes a perder o último fiapo de dignidade que ainda restava.
E justo quando achei que a cena não podia ficar mais descontrolada.
A médica gritou.
— AH NÃO!! — Ela berrou, girando no lugar como se tivesse flagrado um ritual