Minha alma inteira saiu do meu corpo.
Eu senti. Senti ela flutuar pela minha coluna, subir até o teto, olhar pra gente lá de cima e sussurrar "você tá tão fodida", antes de desaparecer por completo.
Meu sexo se contraiu com tanta força que vi estrelas. Meus mamilos endureceram na hora. Soltei um gemido de verdade como se tivesse sido atingida por um feitiço.
— Tá bom. — Falei rápido, levantando as mãos em rendição, o que era hilário porque eu já estava tremendo e mal conseguia ficar parada. — Tá bom. Eu desisto. Você venceu. Eu vou me comportar. Juro.
Ele se afastou um pouco, só o suficiente pra me encarar, e a expressão dele fez meu estômago revirar. Os olhos estavam selvagens, mas focados.
Os lábios, entreabertos. E a mão dele continuava firme na minha coxa.
Eu me sentia como uma presa parada, tentando não se mexer pra não ser devorada.
— Vai se comportar agora? — Perguntou ele, num tom impossível de decifrar.
— Sim — Respondi, balançando a cabeça tão rápido que quase me dei torcicol