As juntas dos dedos dele ficaram brancas no volante, como se a pele estivesse prestes a rasgar.
E eu continuei, fingindo inocência enquanto deslizava a ponta do dedo pela minha coxa.
— E talvez, depois que você terminar de castigar a minha garganta... — Murmurei, doce como veneno — Você possa me virar sobre aquela mesa de novo e me lembrar por que você odeia ser interrompido.
Eu vi.
A faísca.
O estopim queimando atrás dos olhos dele, aquela sombra selvagem que sempre nascia quando eu cutucava a fera certa.
Ele não respondeu.
Mas ele levou a mão para baixo, soltou o cinto com um único movimento brusco e passou a língua devagar pelos dentes, como se estivesse imaginando exatamente o que faria comigo no segundo em que chegássemos em casa.
— Continua falando, gatinha — A voz saiu num rosnado que arrepiou minha espinha. — Diz mais uma coisa que deixe o meu pau duro dentro desse carro e eu vou fazer você montar nele o caminho inteiro de volta com as janelas abertas, pingando, chorando e impl