~Lyra~
Eu parei de respirar.
Tipo, literalmente esqueci como existir.
— O quê — Rouquejei, e nem foi uma pergunta. Foi só o ar saindo dos meus pulmões em choque. — Que porra você acabou de dizer?
O nariz dele roçou no meu.
A mão dele se moveu de novo, só um pouquinho, só o suficiente pra minha boceta apertar em volta dos dedos dele como se quisesse os manter ali.
— Você me ouviu. — Ele disse suavemente, como se estivesse perguntando o que eu queria no café da manhã e não oferecendo-se pra me foder em quatro patas. — Você quer isso, gatinha? Quer que eu me transforme? Quer que eu te foda nas nossas verdadeiras formas? Sem roupas. Sem palavras. Só instinto bruto. Dentes. Pelos. Nó.
Minhas coxas se apertaram.
De novo.
Forte.
Doloroso.
Porque puta que pariu... por que isso soava tão excitante? Por que eu estava, de repente, imaginando a mim mesma de quatro, choramingando, implorando, me oferecendo pra ele como se a minha loba quisesse ser preenchida tão fundo que nem conseguiria voltar à