~Lyra~
Oh, porra.
O meu corpo inteiro se acendeu como se alguém tivesse derramado gasolina na minha corrente sanguínea e riscado um fósforo. A minha respiração falhou. As minhas coxas se pressionaram por instinto, mas era inútil. No segundo em que ele me tocou assim, acabou. Eu já fou. De novo.
— De onde, Daddy? — Eu perguntei, com os olhos arregalados e provocando enquanto eu recuei lentamente, puxando a camisa mais para cima nas minhas coxas o suficiente para ele ver que eu não estava usando nada por baixo.
Os olhos dele escureceram instantaneamente. Como se a noite tivesse caído direto nas pupilas dele.
E, Deusa, aquele olhar. Aquele olhar.
Aquele era o que me fazia sentir como uma presa. Como se eu estivesse prestes a ser devorada e não apenas metaforicamente, mas literalmente, com a boca dele, as mãos dele, a língua dele, o tudo dele.
Ele moveu em minha direção, lento e proposital, e eu recuei até que a parte de trás dos meus joelhos atingiu a cama, e eu caí com um pequeno guinch