~Lyra~
— Eu sei. — Solucei, as unhas cravadas nos ombros dele enquanto meu corpo tremia no limite. — Eu sei... eu sou doente... sou carente, estragada, errada... mas sou sua... sou sua bagunça... sua putinha... seu depósito... eu não me importo de ser a segunda... não me importo de ser nada... só não para, caralho...
— Você não é nada — Rosnou ele. — Você é tudo que eu não devia querer. Tudo que jurei nunca mais tocar.
E então ele me virou de novo.
Rápido.
Brutal.
Me puxou do colo, me dobrou sobre o apoio de braço da cadeira e me penetrou por trás com tanta força que o meu grito foi direto nas janelas.
— Você é tudo! — Ralhou.
— Então por que guardou a foto dela? — Gemei. — Por que ela estava ali, bem ali do lado da porra das suas cartas como se ainda morasse aqui, como se ainda importasse mais do que eu.
A mão dele desceu na minha bunda com tanta força que o estalo soou como um tapa de realidade.
— Ela não importa mais do que você! — Rugiu. — Mas foi por causa dela que eu não toquei