Com passos cambaleantes, Nathan foi até ela e a envolveu num abraço desesperado.
— Por favor, não vá embora... — Implorou ele, com uma voz embargada pela angústia.
— Como eu poderia te deixar, Nathan? — Respondeu Ivana, suas palavras caindo sobre ele como água gelada. — Dona Paula me disse que você se trancou aqui e não saiu para nada. Fiquei tão preocupada e... Ah!
Antes que pudesse completar a frase, as mãos de Nathan envolveram seu pescoço num movimento brusco. Os olhos dele, tomados por um ódio selvagem, pareciam querer destroçá-la.
— Como tem coragem de aparecer na minha frente? — Ele vociferou. — Foi você quem contou tudo para Susana, não é mesmo?
Paula irrompeu no quarto e tentou separá-los.
— Solta ela já! Ela está esperando um filho seu!
Mas Nathan manteve o aperto.
— E se você a matar? Isso vai trazer Susana de volta? — O pânico se estampou no rosto de Paula.
Aquelas palavras atravessaram Nathan como uma lâmina. Sua força se esvaiu por completo e seus dedos afrouxaram.
Caída