Capitulo 12

Sammy

Eram onze e meia da noite e estavam todos dormindo. Bem, não todos. Eu não conseguia mais dormir. Marcus estava lá em baixo, dormindo no sofá e eu estava inquieta na cama. Eu havia cochilado e sonhei que estavamos no apartamento dele fazendo amor. Acordei suada de novo e não consegui mais pregar o olho. Eu queria ir até lá, me deitar com ele e talvez fazer amor com ele de novo. Mas eu não sabia se ele iria ou não me rejeitar. Então aguentei firme e fiquei deitada.

Branna e John haviam vindo me ver às quatro da tarde e conversamos muito sobre o que aconteceu. Contei a eles e a Marcus sobre o taxista, Branna e Marcus ficaram com raiva de mim por não ter contado, mas eu os dobrei fazendo biquinho.

Comecei a sentir sede e saí da cama. Caminhei rapidamente pelo corredor, mas parei no meio da escada quando senti uma pontada forte na barriga. Não era normal, era como se tivessem acertado uma bola de tênis na área do meu útero e arregalei os olhos. Meu bebê!

— Marcus! — chamei baixinho por causa da pontada e o vi no sofá.

Marcus se levantou em um pulo e me viu parada na escada. Ele franziu o cenho e correu pro meu lado preocupado. Ele me segurou pela cintura.

— Samantha, qual é o problema? — sua voz saiu carregada de preocupação.

— Acho que tem alguma coisa errada com o bebê. — sussurrei chorosa.

Isso não podia acontecer, eu não podia perder meu filho. Fechei os olhos com força tentando fazer a pontada parar. Marcus me colocou nos braços devagar, pegou as chaves do carro e saiu de casa. Ele me sentou no banco e depois foi pro volante. Ele dirigiu tão rápido que me assuntei, mas estava ligada demais com a mão dele segurando a minha com força. Nós paramos na entrada do hospital e ele me levou nos braços pra dentro. A pontada não havia parado e eu já estava chorando, mais por medo do que por dor. Me levaram pra emergência e eu fui atendida. A médica fez exames e uma ultrasom para ver o bebê. Segundo ela estava tudo bem com ele e nós suspiramos aliviados. A médica disse que a causa da dor havia sido estresse e que era normal isso acontecer. Como não houve nenhum sangramento, nós ficaríamos bem. Ela recomendou muito repouso, água e comida saudável, nada de estresse. Eu iria passar a noite no hospital de observação e de manhã se já estivesse melhor, iria pra casa. Marcus saiu apenas por um momento para falar com Sean e avisar o que aconteceu. Depois voltou com um pedaço de abacaxi pra mim.

— A médica disse que comer coisas saudáveis ajudaria. — ele disse me entregando o abacaxi.

— A única coisa boa nisso é que não vou pra escola. — eu disse tentando animar, mas falhei.

Marcus estava sentado na cadeira de acompanhante olhando pras próprias mãos em silêncio. Ele parecia nem ter me ouvido.

— Marcus? — o chamei. — Ei, Marcus?

Ele piscou e me olhou confuso.

— Oi, desculpa. Eu me perdi dentro da minha cabeça. — disse revirando os olhos.

— Percebi.

— O que você falou?

— Nada importante. — disse limpando a boca e a mão com o guardanapo. — Pode me buscar um copo de água?

Ele concordou e saiu. Me deitei com calma na cama e coloquei a mão na barriga. Eu estava tão aliviada por ele estar bem, senti um baita medo quando senti a pontada, mas foi só um susto.

— Shuu. — disse ao bebê. — Você tem que ficar quietinho aí, meu amor. Você quer conhecer a mamãe e o papai, não quer? Então fica quietinho e eu prometo que vou cuidar de você com mais responsabilidade. Não posso ficar me estressando toda vez que alguém se mata na minha frente, não é bebê? — disse sorrindo.

Olhei pra porta e vi Marcus parado lá com um sorriso de lado. Ele se aproximou e me deu a água.

— Você fala com ele? — me perguntou.

— Claro. — disse entregando o copo vazio. — Falo com ele o tempo todo. Deveria tentar. É uma terapia.

Marcus sorriu de lado e olhou hesitante para minha barriga coberta pela roupa de hospital. Eu puxei o vestido pra cima, cobrindo minha parte de baixo e deixando só a barriga exposta. Acomodei minha cabeça no travesseiro.

— Podem conversar a vontade. — eu disse fechando os olhos. — Não vou ouvir nada mesmo.

Eu estava mesmo com sono. Meus olhos estavam tão pesados e logo consegui pegar no sono, mas antes eu o senti pegar na minha barriga e sussurrar pertinho.

— A mamãe é louquinha, sabia filho? — sua voz estava sussurrada e parecia mais grave. — Você nos assustou...

Eu não ouvi o resto e dormi profundamente.  

* * *   * * *

Eu já estava de volta em casa há dois dias. Marcus havia me dado um segurança/motorista, como Tiago era. Bruno agora era minha sombra e ele era tão gentil, engraçado e protetor. Eu disse ao Marcus que não era preciso, mas ele insistiu. Também disse que seria bom se fossemos morar em outra casa, mas eu neguei. Aquela casa foi escolhida pelo meu pai para começarmos uma nova vida e era ali que eu queria ficar. Ela era linda e acolhedora, um idiota ter se matado ali não fazia dela menos. Marcus concordou relutante.

Era quinta feira e eu estava quase morta. Branna e eu estávamos com Thomas na biblioteca da escola terminando de fazer as atividades de química. Thomas estava fazendo sons irritados o tempo todo e rasgando as folhas do caderno. Branna e eu nos olham curiosas.

— Thomas, tem algum problema? — Branna perguntou.

Ele parou e ficou encarando o caderno.

— Aquele garoto. — ele começou irritado. — Felipe Mason convidou Rosie pra sair e ela aceitou feliz da vida. Todo mundo sabe que aquele idiota só quer transar com ela.

Suspirei e revirei os olhos. Rosie era um ótima garota, mas burra quando se tratava de caras. Ela só escolhia os ruins. Branna colocou sua mão na dele e apertou.

— Vai ficar tudo bem, Thomas. — disse a ele e me olhou. — Não é Sammy?

— Sinceramente? — perguntei e ele me olhou. — Não vai.

— Sammy!

— Vai ficar pior, Thomas. — eu disse a ele ignorando a cara feia de Branna. — Enquanto você não parar de vez com essa sua paixonite por Rosie, tudo só vai ficar ruim.

— E como é que eu faço pra parar? — me perguntou tristonho.

Se eu soubesse, estaria bilionária.

— Ahh, não sei. — disse sorrindo. — Mas você tem que descobrir um jeito, ou vai ficar assim pelo resto da vida.

Thomas concordou sem saber muito bem o que dizer  e continuamos com a lição. Branna me olhava como alguém que queria me dar umas palmadas, mas era verdade. Thomas tinha que parar com essa paixonite idiota por Rosie. Isso não o levava a nada. Me sentei mais ereta na cadeira e virei o rosto pro lado esquerdo olhando diretamente para Finn. Sorrimos um pro outro e voltei a atenção para o dever.

Finn estava no último ano, ele era um cara bem legal, nós conversavamos às vezes e ele sempre foi muito gentil comigo. Também era muito inteligente e charmoso, o que contava bastante. Bem, e ele tinha uma queda por mim, então não foi surpresa quando ele puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado. Branna e Thomas levantaram o rosto pra nos olhar surpresos. Olhei pra ele e sorri.

— Oi, Finn.

— Oi, Sammy. — ele sorriu. — Entao, ah, já faz um tempo que eu queria... convidar você pra sair comigo, ah, hoje à noite?

Mordi o lábio e sorri achando aquilo muito divertido. Eu saí com alguns caras em Manassas e sempre fui muito mais sociável do que Branna em relação aos caras. Branna tinha muitos atrás dela e não queria nenhum, tinha olhos apenas para John. Já eu, tinha uma fila e aproveitava cada um deles o máximo que eu podia. Olhei para o rosto de Finn e ele estava ansioso pela minha resposta.

— Claro. — disse concordando e senti um chute na canela. — Au!

— Tudo bem? — Finn perguntou franzindo a testa.

— Sim, tudo ótimo. — disse e sorri afastando o pé de Branna. — Você me pega às oito?

— Está perfeito. — ele disse sorrindo feliz, se inclinou e me beijou na bochecha rapidamente. Ele sorriu para os outros e saiu.

Branna estava me olhando com raiva e Thomas começou a rir.

— O que diabos você fez, Preston? — Branna praticamente gritou em minha direção.

— Aceitei sair com o Finn. — disse dando de ombros.

— Ah céus, ela me mata. — Thomas disse enquanto ria.

Branna o olhou séria e ele parou de rir. Ela me olhou e revirou os olhos. 

— Isso é óbvio, caramba, mas porquê?

— Porque eu saio com caras. — disse lentamente e soprei um beijinho pra ela.

— Mas você está apaixonada por Marcus. — ela disse lentamente me olhando como se eu fosse um ET.

— E Marcus não me quer. — a olhei sério. Eu estava começando a ficar cansada disso. Sou apaixonada por ele, mas e daí? O que isso mudava? NADA! — Não vou esperar Marcus ficar com pena ao me ver com a barriga enorme pra me pedir em namoro ou casamento. Eu não quero pena. Quero amor, sexo, aventura, flerte. Quero viver minha vida do jeito que gosto e sei, porque só tenho uma vida, Branna. Não vou gastar ela correndo atrás de alguém que não se decide nunca. Eu quero coisas pra mim, Branna. Se serei uma vadia egoísta por isso, tudo bem.

Branna estava com os braços cruzados me olhando. Ela estava com os lábios presos nos dentes e respirou fundo.

— Você sempre viveu sua vida como quis. Sempre ficou com quem quis. Nem sua mãe te impedia. Sempre ficou com mais garotos do que eu e isso nunca fez de você uma vadia egoísta.

Eu concordei e comecei a ficar com a voz de choro. 

— Você tem John, Branna. Quando você fica com medo, tem braços fortes pra te abraçar e se sente segura. Eu não. Tudo o que tenho são meus irmãos, meu pai e um bebê. — engoli em seco e cruzei os braços. — Vou ter um bebê, mas ele ainda não nasceu e tenho que aproveitar porque os caras não vão me chamar pra sair quando eu tiver um bebê nos braços. — disse e fechei os cadernos. — Não me julgue por querer aproveitar o resto se liberdade que ainda tenho.

— Eu nunca te julgaria por isso, Sammy. Nunca julguei. Sempre ficou com quem queria, na hora que queria. É só que tenho medo que se você fizer coisas típicas de Sammy, isso acabe afastando Marcus de você.

Eu suspirei triste e ri sem humor limpando a lágrima solitária que caiu.

— Marcus me mandou ir, Branna. Você estava lá. Ele disse Vá e não olhe pra trás. Ele não me queria. — senti lágrimas nos olhos. — Posso parecer bem e feliz a maior parte do tempo, mas não estou. Caramba, sim, estou feliz por estar com minha família e por estar grávida, mas eu também gostaria de ter ele. O que eu sinto por Marcus é bem mais do que atração. Ou uma paixonite. Não dá pra esquecer. Eu quero ele e ele não me quer. Eu não vou passar a noite toda chorando por isso. Finn é legal, gentil e nunca me tratou mal. Então sim, porra, eu vou sair com ele.

Respirei fundo depois que acabei. Branna e Thomas estava me olhando petrificados. Eu havia falado muito. Guardei as coisas na bolsa e me levantei nervosa.

— Depois nos falamos. — eu disse e saí.

Bruno estava me esperando e eu entrei no carro sem falar nada. Assim que chegamos em casa, fui pro quarto e me tranquei lá. Eu precisava pensar um pouco. Eu não me arrependia pela decisão que tomei ao decidir que teria o bebê. Não mesmo. Eu teria me odiado por tosa a minha miserável existência se tivesse concordado com minha mãe. Mas eu queria ainda ser a Sammy louquinha que saía com quem queria e quando queria. A Sammy que ficou com Lucas na academia de Dylan sem ao menos saber seu nome direito. Eu amava ela porque ela era forte. Aquela Sammy nunca se calou, nunca abaixou a cabeça e nunca se amendrontou. Nas últimas semanas eu tinha esquecido completamente dela. Finn era minha chance de voltar a me conectar com ela e caramba, eu queria mesmo isso. Fazia pouco tempo que eu havia entrado no quarto e Benjamin bateu na porta de leve, eu o mandei entrar. Ele estava com a testa franzida e olhava pro chão.

— Você está bem, Samantha?

Eu estava deitada na cama e neguei.

— Não. — sussurrei.

Ele entrou mais no quarto e se sentou no final da cama.

— Quer chocolate? — me perguntou e eu sorri. — Dizem que ajuda.

Me sentei e sorri pra ele. Meu irmão sensível e bom era incrível.

— Eu tenho um encontro hoje. — lhe disse. — Sabe o que é um encontro?

— Quando duas pessoas que se gostam marcam pra sair juntas. — ele disse dando de ombros. — Conversam e se conhecem para saberem se têm química. Muitos casais se formam por causa desse encontros. — ele disse todo inteligente e eu sorri.

— É.

— Vai com Marcus?

Franzia testa pra ele e abaixei a cabeça.

— Não.

Benjamin ficou um pouco calado, mas depois falou confuso.

— Mas vocês se gostam.

— É complicado, Benjamin. — eu disse me levantando e indo pro banheiro. Ele me seguiu.

— Porquê?

Liguei a torneira e joguei água no rosto.

— Porque... — sequei meu rosto e me virei pra olhá-lo. — Porquê você não me olha nos olhos? Porquê não olha ninguém nos olhos? — virei a pergunta pra ele e o vi ficar nervoso.

Ele olhou pra minha cama e deu de ombros.

—É complicado. — sussurrou. — Eu não gosto de ver porque alguns têm coisas ruins nos olhos. Me assusta.

— Quando parou de olhar as pessoas nos olhos? — me aproximei dele e fiquei encostada na parede.

Benjamin coçou o queixo e mordeu o lábio inferior.

— Dezessete anos atrás. — respondeu baixinho e saiu do quarto.

Pisquei confusa e senti meu peito doer. Eu queria que ele olhasse as pessoas nos olhos, queria que ele conseguisse fazer coisas normais, como ir à encontros. Ele tinha vinte e sete anos e nunca namorou. Viveu trancado em uma clínica a vida toda. Benjamin merecia mais do que isso.

Dormi um pouco e depois desci. Benjamin e eu assistimos desenho na TV até papai e Sean chegarem, às seis e cinquenta. Subi pro quarto nesse horário e tomei banho, sequei o cabelo e me vesti. Minha maquiagem foi rápida e leve. Prendi o cabelo em um coque e passei mais rímel. Desci as escadas faltava cinco minutos. Papai estava colocando a mesa com Benjamin e me olhou curioso.

— Vai sair, granada?

— Ela tem um encontro. — Benjamin respondeu e nós o olhamos surpresos.

Ele não costumava responder perguntas que não fossem feitas diretamente para ele e eu sorri feliz por tê-lo feito de uma forma tão normal, como se tivesse passado a vida toda fazendo. Papai estava sorrindo orgulhoso pra ele, assim como Sean.

— É isso mesmo, lindo. Eu tenho um encontro. — disse colocando o casaco e escutei uma batida na porta. — E ele chegou.

Fui abrir esperando ver Finn e dei de cara com Marcus. Meu sorriso morreu e ele entrou me olhando dos pés a cabeça. Me encolhi um pouco e me afastei dele.

— Boa noite, Sr. Vim-sem-avisar. — falei irônica.

Marcus sorriu um pouco.

— Eu avisei ao seu pai que vinha.

— Eu ia te dizer, mas... — papai deixou a frase no ar e deu de ombros.

Concordei e cruzei os braços. Marcus tocou rapidamente a saia do meu vestido preto.

— Você está bonita. — elogiou. — Bonita demais pra jantar em casa. Vai sair?

— Vou. — falhe pressionando os lábios juntos.

Sean e papai tossiram e Benjamin continuou colocando a mesa. Eu sentia os olhos do meu pai e irmão perfurarem minhas costas enquanto os de Marcus fuzilavam os meus olhos.

— Um encontro?  — disse lentamente e eu concordei. Seus olhos se estreitaram e sua voz saiu alta. — Com quem?

Três batidas leves na porta e eu a olhei surpresa. Ótimo, era disso mesmo que eu precisava, pensei quando Marcus se virou e abriu a porta ficando cara a cara com um buquê de flores médio e Finn. Marcus e Finn se encararam por quase cinco minutos antes de Marcus soltar uma lenta e curta risada. Ele se virou rpa mim ainda com sua mão na maçaneta da porta e apontou pro Finn com a mão livre.

— É ele quem vai te levar pra sair? — riu mais alto e voltou seus olhos pro Finn. — Quantos anos tem? Dezoito?

— Ah, sim. — Finn me olhou pedindo por socorro. — Fiz recentemente.

Peguei minha bolsa de mão preta e dei tchau pro meu pai e irmãos. Parei ao lado de Marcus e peguei o buquê de Finn agradecendo logo em seguida. Marcus pegou o buquê rudemente das minhas mãos e sorriu forçado.

— São llindas. — disse com sua voz cheia de ironia e bufei. — Tenha uma boa noite, Samantha.

— Eu terei. — arrastei Finn pra longe dele e suspirei.

A porta de casa foi fechada com um barulho e eu o xinguei. Marcus era mais bipolar que Sean. Finn abriu a porta do carona pra mim e eu entrei.

— Desculpe por isso. — disse nervosa assim que ele assumiu seu lugar ao volante. — Marcus geralmente é mais educado. 

Finn sorriu.

— Está tudo bem, Sammy. Se eu fosse ele, também ficaria em cima. Você é uma carga preciosa. — suas palavras foram gentis e eu sorri agradecendo.

A viagem de carro foi curta e paramos em frente à um restaurante. O lugar era lindo e chique, como eu imaginei que seria. A recepcionista nos levou até uma mesa pra dois quase no meio do restaurante e saiu sorrindo. Finn pediu vinho pra ele e um suco de laranja pra mim. Decidi pedir uma Salada Colmarienne e ele ficou com alguma coisa francesa que eu não sabia pronunciar o nome. Bem, as aulas de Francês sempre eram um saco, mas não é que era preciso?, pensei irônica e bebi meu suco.

— Sammy, você está muito calada. — Finn disse sorrindo.

— Ah, desculpa. — eu disse rindo. — Eu sou uma companhia horrível.

— Porém, é a mais linda companhia que alguém teria o prazer de ter. — ele disse charmoso e eu ri.

— Você é um galanteador, sabia?

Finn riu divertido e bebeu seu vinho.

— Já me disseram isso. — repousou a taça na mesa. — O que achou do restaurante? Não é muito chique, é? Eu não gosto dele, particularmente, mas foi o único que aceitou fazer reservas quase em cima da hora e caramba, ficamos em ótimos lugares.

Finn e eu conversamos bastante. Ele me fez rir tanto ao falar sobre sua vida e eu gostei de ouvi-lo. Eu contei a ele sobre a gravidez, e ele me surpreendeu ao dizer que já sabia. Ouvira Lexie e Rosie conversando com Branna uma vez. Eu lhe perguntei curiosa se ele não se incomodava com o fato de eu estar grávida de um outro cara e ele disse que não. Ele esperava ter algo mais do que amizade comigo, deixou isso bem claro.

— Um bebê nunca é problema, Sammy. — ele me disse. — Na verdade, isso só te torna mais atraente e eu não tenho problema algum. Podemos ao menos tentar nos conhecer melhor?

E eu disse sim. Finn era verdadeiro, inteligente e engraçado. Uma ótima pessoa. Não havia motivos para negar. Bem, havia um. Marcus era um motivo e tanto, mas repassei minhas palavras várias e várias vezes na mente ao decorrer da noite.

Quero viver minha vida do jeito que gosto e sei, porque só tenho uma.”

Estar ali com Finn era fácil e bom, rir era bom, flertar era bom. Me sentir desejada e querida era bom demais.

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