83. Medo
Caroline Hart
O medo não era só meu, era ancestral. Eu andava de um lado para o outro pela mansão, sentindo o suor frio escorrer pela minha nuca. O maldito relógio marcava três da manhã e Damon ainda não voltou.
Daiana rezava baixinho, o rosto pálido. Tudo estava silencioso, exceto pelo som apressado do meu coração.
"Isso vai demorar muito?" eu murmurei, tentando controlar a voz para não tremer.
"Normalmente a alcateia não é atacada assim, Hart. Mas... dessa vez... é diferente. Tem cheiro de sangue no vento, eu consigo sentir. Temos que rezar para a Deusa da Lua."
"Por que…?" minha voz saiu falha, presa na garganta.
"Para eles vencerem. Se perderem, eles levam as crianças e fêmeas como escravas, e matam os machos. Já aconteceu antes."
Minhas mãos foram para a barriga instintivamente. O bebê chutou fraco, talvez sentindo o medo que emanava em meu corpo. Minha estrutura inteira tremia. O medo não era só meu, era ancestral, corria nas veias como um veneno.
Eu queria saber de Damon, pre