Ponto de Vista da Maria
Não havia melhor maneira de descrever: eu podia sentir o perigo que me cercava.
De alguma forma, mesmo antes de estar completamente desperta, meu cérebro me alertou, e a partir daquele momento, conforme eu recuperava a consciência, a sensação cresceu até eu ter certeza absoluta de que estava completamente ferrada.
Os segundos seguintes só confirmaram minha suspeita, quando abri os olhos e me encontrei em um quarto completamente escuro.
Isso não era uma metáfora.
Literalmente, eu havia acordado em um quarto onde tudo estava mergulhado na escuridão. A única fonte de luz era um monitor cardíaco zumbindo, virado para longe de mim.
Estava apenas o suficiente no meu campo de visão para que eu percebesse que mostrava meus sinais vitais, e quando estiquei o pescoço para ter uma visão melhor do brilho suave dos caracteres, descobri que minha garganta estava presa por uma algema de ferro fixada à superfície fria e dura onde eu estava deitada.
Essa descoberta me fez parar