Eu franzi a testa, lentamente saindo dos meus pensamentos para perceber que Samuel estava me encarando intensamente, como se estivesse tentando ler meus pensamentos.
— Por quê? — Perguntei finalmente, e ele arqueou a sobrancelha.
Era claro que ele não esperava que essa fosse minha primeira reação à revelação. Uma pequena parte de mim se sentiu satisfeita com isso.
— Eu não queria que você morresse. — Ele respondeu depois de um tempo, recostando-se na cadeira do escritório para me olhar diretamente nos olhos.
Desviando o olhar, baixei levemente o queixo.
— Se isso fosse verdade, Alfa, você não teria deixado as coisas chegarem ao ponto que chegaram.
Samuel riu das minhas palavras, e arrepios percorreram meus braços.
— Pequena loba. — Ele disse. — Nem mesmo um Alfa pode fazer o que quiser quando bem entender. Isso seria indulgente. Perigoso.
Meus nervos se agitaram com a sensação de que ele quase ronronou essa última palavra no meu ouvido, mas mantive minha expressão neutra.
Forçando-me a