Depois de alguns minutos, minha mente já mais lúcida, levanto-me para recolher minhas roupas espalhadas pela sala. Cada peça no chão é um lembrete do que acabamos de fazer, da intensidade que tomou conta de nós.
— Já vai?
A voz de Ryan me faz parar.
Ele está deitado no sofá, completamente relaxado, apoiado em um cotovelo, a mão no rosto, um sorriso preguiçoso brincando em seus lábios. Seu corpo nu está escandalosamente visível para mim, exposto sem qualquer resquício de pudor.
Por Deus… Que imagem mais indecente e irresistível.
Preciso me controlar para não ceder à tentação de voltar para seus braços. Mas agora, com a excitação se dissipando, a razão finalmente encontra espaço para se manifestar — e, junto com ela, um incômodo inesperado.
O que diabos eu acabei de fazer?
Joguei tudo para o alto. Com meu chefe. Na sua própria sala.
Um frio percorre minha espinha enquanto a realidade me atinge em cheio. O que vai acontecer agora? Para Ryan, eu fui apenas um capricho, uma diversão de uma