CAPÍTULO 3

VALESKA SUHAI

Desde que cheguei em Porto Seguro na casa do Otávio não sai para conhecer a cidade, no máximo ia ao mercadinho próximo que fica a meia hora da casa. Dylan me levou para conhecer a cidade, a noite estava linda, andamos um pouco conhecendo o local, minhas pernas não aguentavam uma caminhada longa devido às horas de prazer que tivemos. Por ser uma cidade praiana e turística estava bastante movimentada, havia muitas lojas abertas e bares animados tocando muito axé. Jantamos em um restaurante na orla, conversamos muito, queria saber como estavam todos principalmente a Sol, tenho amor muito grande por ela, Dylan fica feliz por isso.

Pela manhã acordei e meu noivo não estava na cama, fiz minha higiene pessoal e fui procura-lo, andei pela casa e não o encontrei, sai pelos fundos e o vi sentado na areia de short e sem camisa falando ao celular, fiquei um bom tempo admirando, meu homem é lindo, perfeito. Me aproximei de mansinho e beijei sua nuca, ele rapidamente desligou o celular, deu a impressão que não queria que eu ouvisse a conversa, deveria ser algo relacionado a Charlotte, então fingi que não vi. Ele pediu para que eu arrumasse as minhas coisas que partiríamos à tarde, pedi a ele para ficar só mais um dia já que era sábado, porém, ele me disse que passaríamos em outro lugar antes e não quis me dizer onde. Por volta das três horas peguei minha mala e sua mochila, que tinha poucas peças de roupas, meu CEO insaciável sabia que não precisaria de muita coisa, passamos mais tempo nu que vestidos. Antes de partir já estava sentindo saudades, a bela natureza que foi meu refúgio durante alguns dias deixaria em meu coração, lembranças boas e ruins. Dylan me conduziu pela praia até ao mar para embarcamos em uma lancha, minha curiosidade era grande não sabia o que ele estava aprontando. A lancha nos levou até um Iate que estava em alto mar, o senhor que pilotava a lancha tão logo que desembarcamos e entramos no iate foi embora.

Assim que entramos a enorme embarcação começou a se movimentar, Dylan me disse que era um capitão que estava pilotando e nos levaria ao nosso destino. A parte interna parecia uma casa, tinha sala com tv, um bar, três quartos sendo um com uma cama de casal, banheiro com banheira.

— Gostou?

— Amei amor, se essa era a surpresa, adorei. Dylan sorriu.

— Não, minha pequena, esse só é o início da surpresa.

— Ah Dylan! Me conta logo, meu estômago está dando volta de tanta curiosidade.

— Pare de ser curiosa. Ele beijou minha testa.

— Eu ainda tenho vinte minutos com você, antes da próxima surpresa, o tempo suficiente para te fazer gozar.

— O que você está esperando?

— Safada!

Ele sorriu e me pegou no colo deitando-me no sofá, depois disso fizemos o que de melhor nossos corpos fazem juntos.

Os dez minutos simplesmente voaram.

— Amor, o Iate parou, já chegamos.

Dylan subiu o short, ajeitou a minha roupa e colocou uma venda em meus olhos, a essa altura meu estômago já dava cambalhotas. Me conduziu com cuidado para fora do Iate, pelo que percebi entramos em uma lancha, minha mente viajava tentando imaginar qual seria essa surpresa. Senti a areia nos meus pés e tive a impressão de ouvir uma música bem suave ao fundo. Caminhei um bom tempo até ouvir uma porta se abrindo, caminhei mais uns cinco passos, Dylan me beijou e sussurrou em meu ouvido.

— Amo você. Logo ouvi a porta se fechar.

— Você vai ficar o tempo todo com essa venda? — Cat?

Tirei a venda e as lágrimas caíram sem cessar por minha face, estavam todos na minha frente, Catarine, Raquel, Priscila e Felipe, nos abraçamos e a emoção tomou conta. Brigaram comigo por ter fugido, me abraçaram, me beijaram, fiquei muito feliz em vê-los. Passando a euforia observei que todas estavam lindas com vestido azul bebê solto no corpo o tecido bem leve, o Lipe com um terninho azul da mesma cor, com uma lapela branca no bolso.

— Meninas não estou entendendo porque vocês estão vestidos assim

— Surpresa é o seu casamento! Disseram em uníssono. Senti minhas pernas faltarem, meu corpo tremia.

— Calma mona, não vai ter um treco antes do sim.

Me puseram sentada e me explicaram que Dylan quando descobriu meu paradeiro organizou tudo, pediu a ajuda deles somente para a escolha do buffet e com os convidados, pagou passagem aérea para todos.

— Ele sabia de todos os detalhes de como você queria o casamento, por isso estamos aqui em Trancoso, Raquel me informou.

Custava acreditar que aquele era meu casamento com o homem mais lindo que já vi na vida, com o homem mais duro e gentil, com o amor da minha vida. Em várias vezes em que conversamos disse que se pudesse casaria na praia e meu sonho era conhecer Trancoso. Ele juntou os meus dois sonhos para celebrarmos a nossa união, a cada dia amo mais esse homem.

— Vamos logo, você precisa se arrumar para que o noivo não fique muito tempo esperando, senão ele vai pensar que você desistiu.

— Pri, antes de qualquer coisa preciso de um banho.

Tomei um banho rápido, lavei meus cabelos, tinha uma equipe que meu amado contratou para cuidar de mim e das madrinhas. De repente as portas se abriram e a Sol entrou linda no seu vestido caqui, ao nos olharmos ficamos emocionadas.

— Minha menina!

— Sol!

Nos abraçamos por um longo tempo, a pedi desculpa por não ter contado a ela que iria embora e por não ter me despedido, Sol me disse que da próxima vez que eu fugir vai me dar umas palmadas.

— E eu ajudo, Raquel completou levantando as mãos.

— Vamos minha menina, chega de choro, vai se arrumar, ainda falta uma hora para o casamento, mas meu menino está muito ansioso.

— Se ela demorar sogrinha a ir para o altar, do jeito que conheço meu cunhado ele vem aqui e leva ela do jeito que ela tiver.

— Verdade Cat. Todos riram.

Enquanto me maquiavam, faziam minha unha e ajeitavam os meus cabelos, eles me contaram o que aconteceu nesses dias que estive fora, fiquei com muita pena do Otávio quando Lipe me disse que meu noivo queria bater nele, só não fez isso porque Cristian o impediu. As meninas me contaram a confusão que foi entre Lipe e Dylan, porque meu amigo queria ser minha madrinha, no final Dylan acabou aceitando com a condição de que ele vestiria de terno. Eu gargalhei horrores imaginando a cena dos dois.

Estava sentindo tanta falta deles.

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 Meu vestido era lindo, de renda e manga comprida, sua renda ia até a cintura, da cintura até os pés um tecido de seda pura que chegava a ser brilhoso, com uma fenda na minha perna direita, no mesmo instante me lembrei do nosso primeiro encontro, no dia que me convidou para jantar, eu vestia um vestido branco com fenda, não tão bonito e caro como esse, mas era muito bonito, lembro de sua reação, ele ficou paralisado com os olhos passeando por todo o meu corpo, no dia seguinte depois de dormimos juntos, quer dizer, quase não dormimos, ele teve crise de ciúmes porque eu estava sem calcinha. Esse é o meu homem, esse é o meu amor.

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