Os olhos dele endurecem por um instante, mas ele não responde. Porque sabe que não há resposta possível.
Faço um gesto com a mão, descartando-o como um pedaço de papel inútil. “Agora saia.”
Ele hesita. Abre a boca como se fosse dizer algo, mas eu não estou interessado.
“Eu…”
“Saia.” Minha voz se torna um comando frio, inegociável, enquanto aponto para a porta.
Ele não discute. Apenas se vira e caminha para fora, fechando a porta atrás de si. O silêncio retorna, mas desta vez, carrega um peso maior.
Alcanço o telefone sobre minha mesa, os dedos deslizando com precisão sobre os botões enquanto disco um número já gravado em minha memória. O som do toque ecoa pelo escritório silencioso.
Uma.
Duas vezes.
Então, a ligação é atendida.
“Não foi Alex.” Minha voz sai firme, sem espaço para dúvidas. “Não foi ele quem contou para Ethan.”
Do outro lado da linha, uma pausa breve, calculada. Então, a resposta vem, envolta em um tom sedoso e afiado como uma lâmina. “Quem foi então?” A voz feminina