Bip...Bip...Bip...
O som a incomodava, era ritmado, aquele BIP insuportável. Abriu os olhos e a claridade das luzes brancas a cegou um momento. Ah claro, estava ceg... depois de algum tempo viu uma televisão em sua frente, tudo branco e limpo e um cheiro ruim de hospital. Mas o que era aquilo? Franziu o rosto e tentou chamar alguém, mas algo a impediu, uma coisa horrível enfiada em sua garganta. Mas que merda era aquela!? Tentou puxar aquela coisa, mas suas mãos não mexiam, se desesperou, precisava de ajuda.
-Tudo bem Antônia, tudo bem, a doutora já vem aqui ver você. Fique calma.
Ela encarou Estevão, com os cabelos presos e um jaleco cobrindo as tatuagens. Ele não era enfermeiro, porque estava usando aquilo? Leu o nome no crachá