O PESO DAS ESCOLHAS

O caminho inteiro passou em silêncio. Nathaniel olhava a cidade pela janela como quem observa um mundo do qual já não faz parte.

“Elara está grávida. E eu sou o pai.”

A frase martelava como sentença e redenção ao mesmo tempo.

“Não posso me casar… não depois disso.”

Mas logo a contradição o esmagou.

“Como posso exigir algo dela? Ela me deve o quê? Nada. Absolutamente nada.”

Elara não confiava nele. E tinha razão. A última lembrança que ela tinha dele era a de um homem que desapareceu sem se despedir. Um homem que ela acreditava comprometido, enganador, covarde.

A dor no peito apertou até arder.

“Ela não me viu como alguém confiável… e não tiro o direito dela.”

Quando o carro parou diante da sede das empresas Lawson, Nathaniel sentiu o peso da gravata sufocar. Subiu até a cobertura administrativa ainda envolto na névoa emocional que o acompanhava desde a saída da empresa de O