Everly Pierson sempre viveu uma vida pacata, sem fortes emoções. Mas tudo muda quando ela conhece Joshua Carter. A atração entre eles é intensa, Joshua fica completamente encantado pela jovem que por coincidência é sua aluna. Totalmente obcecado, ele se vê fora de seu estado normal com os sentimentos que Eve desperta nele, sentimentos que jamais sentiu por outra mulher e que são capazes de não deixá-lo raciocinar direito. Ele está disposto a tê-la de qualquer forma, alimentando sua obsessão por ela. Mas será que Eve irá se render? Será que a perseguição de Joshua fará bem a eles? Tudo o que Everly sabe é que está atraída pelo seu professor.
Leer más— Filha, não demore para voltar! — grita minha mãe da cozinha.
— Estarei aqui na hora do jantar! — aviso-a. Pego minha bolsa e vou para o ponto de ônibus em frente à minha casa, onde espero por aproximadamente dez minutos. Ao entrar, pago a passagem e fico em pé por causa da superlotação e assim que estou perto do meu destino, aperto o sinal para parar no próximo ponto, onde fica a praça em que normalmente vou nos meus dias e horários livres. Ao descer percebo as pessoas correndo, caminhando, fazendo exercícios, crianças de colo e no carrinho. Olho para uma árvore que oferece uma boa sombra e me encaminho até ela me sentando na grama. Tiro da minha mochila o meu caderno de desenhos, estojo e começo a olha ao redor à procura de uma paisagem ou pessoas para desenhar. Meu olhar recai em um homem muito bonito. Bonito não! Na verdade, um homem espetacular, sentado em um banco trajando roupas de ginastica enquanto fala no celular obviamente irritado com a pessoa do outro lado da linha. Forço minha visão para observá-lo melhor. Ele é muito musculoso, isso se nota de longe. Sua boca é avermelhada e seu rosto marcado por feições duras e delineadas, que no momento estão rígidas. Não consigo ver seus olhos, mas o que se destaca é seu cabelo preto com pontas castanhas. Abro meu caderno rapidamente em uma página em branco e trabalhando intensamente começo a desenhá-lo, pois a qualquer momento ele pode ir embora. Olho para cima buscando por seus traços, suas linhas de expressões o que me salva é que ele ainda está no celular me dando mais tempo. Rabisco rapidamente e logo seu rosto aparece em um passe de mágica. Começo a dar os últimos retoques, deixando-o mais espetacular do que já é. Olho para cima buscando-o uma última vez, porém não o encontro, provavelmente foi embora enquanto aplicava os últimos detalhes. Começo a passar meu dedo no desenho para dar uma leve esfumada, todavia, um par de tênis para na minha frente forçando-me a olhar para cima. — Olá — O mesmo homem que estava ao celular estende a mão sorrindo para mim e em um ato desesperado jogo meu caderno de desenhos dentro da bolsa. Seu sorriso é tão lindo que fico hipnotizada. Olho para sua mão e ele arqueia uma sobrancelha para mim. Deus! Ele deve estar pensando que eu sou burra ou algo parecido! Estendo minha mão pensando que seria apenas um aperto, mas ele me puxa para cima fazendo-me ficar em pé e rapidamente retiro minha mão da sua pele por causa do arrepio que percorre meu corpo. — Eu sou Joshua — O lindo homem diz e eu fico mortificada em meu lugar encarando-o — E você é? — Ah... Eve, Everly — Meu Deus! Não acredito que estou gaguejando! Inesperadamente sinto meu rosto muito quente e tento olhar para qualquer lugar menos para ele. — Eu vi você desenhando — Ele diz — Posso ver? — Eu não desenho muito bem — digo rapidamente tentando me livrar de seu pedido — Deixe-me julgar — Ele sorri. Pego meu caderno dentro da bolsa, rezando para Deus que ele olhe somente as primeiras páginas. Ele começa a folhear e eu torço meus dedos nervosamente. — Você desenha muito bem! — comenta impressionado — Faz faculdade de Artes? — Não — respondo nervosa. Eu ainda estou no começo do terceiro ano do colegial, mas ele não precisa saber disso, ele me verá apenas como uma criança quando souber que não faço faculdade nenhuma. — Deveria fazer uma faculdade de Artes, você é muito talentosa — Então ele olha para mim e abre um sorriso que posso nomear como gigantesco. Ele olha de mim para o caderno várias vezes. Oh, Deus! A terra que está embaixo dos meus pés, por favor, engula-me! — Ah, eu sempre venho aqui — digo e meu coração começa a bater mais rápido — Desenho as pessoas e as paisagens — digo, pois em parte é verdade. Droga, tenho certeza de que as minhas bochechas devem estar pegando fogo! Eu me sinto quente, muito quente. — Entendo — diz ainda sorrindo — Você é muito boa — Me entrega o caderno e coloco-o rapidamente dentro da bolsa querendo me livrar dele o mais rápido possível — Pelo menos terei um lugar em seu caderno — Ele diz e eu sorrio sem graça. — Me desculpe — digo olhando-o e agora posso ver seus olhos, são cor de mel, contudo, olhando atentamente, consigo observar pequenos pontos verdes. Eu nunca tinha visto essa cor nos olhos de uma pessoa antes. — Não se desculpe, ao menos quando você olhar, irá se lembrar de mim. — Oh, minha santa! Por que ele disse isso? Eu preciso ir embora! — Pois é — digo a primeira palavra que surge em minha mente para me livrar desse momento constrangedor — Eu preciso ir. — Claro, eu te ofereceria uma carona se não estivesse praticando exercícios físicos. Que eu definitivamente não iria aceitar, ele é um completo estranho. — Você é gentil, obrigada por ter me deixado desenhá-lo sem a sua permissão. Então ele faz uma coisa impensável que eu não poderia imaginar. — Você tem celular? — Sim, por quê? — pergunto confusa. — Pegue-o. Então ele pega o dele em seu bolso traseiro e encosta no meu, a tecnologia estava definitivamente ao meu favor onde apenas um toque do seu celular no meu compartilhava nosso contato. — Agora você tem meu número e eu tenho o seu. Se quiser me desenhar de novo, é só ligar — tenho vontade de escancarar minha boca com os sentidos explícitos em suas palavras. — Ah, sim — digo, uma vez que acho que palavras coerentes não sairiam da minha boca. — Foi um imenso prazer conhecê-la, Everly. Assinto freneticamente, devo estar parecendo uma retardada. Então ele pega minha mão e beija levemente. Será que ele sabe em que século estamos? — Até mais — ele sorri estranhamente, entretanto não perco tempo tentando entender. Começo a andar mais que apressada para o ponto de ônibus e quando olho para trás, ele ainda está me observando.Everly — Vem com o papai, filha — Joshua se abaixa e pega uma Yesenia correndo em disparada direto para o seus braços. — Sa-da-de papa — ela choraminga e pousa a cabecinha no seu pescoço. A conexão entre os dois era assustadora e não me ressentia nem um pouco por isso, era lindo de ver como o laço que une os dois é indestrutível e eterno. — Papai também estava morrendo de saudade — Joshua fecha os olhos apreciando o momento. Abraço Dylan e ele praticamente esmaga minhas costas com os braços musculosos. A academia mudou bastante seu corpo nos últimos anos, mas a sua essência brincalhona continuava a mesma. — Parece que temos uma Everly irradiando felicidade — sussurra no meu ouvido. Ele me leva até o quarto que compartilha com David e vejo meu pequeno bebê dormindo entre os travesseiros. Meu corpo automaticamente percebe a presença do meu pequeno comilão, pois meus seios começam a vazar automaticamente. — Hum... Acho que você tem um problema diva — aponta para os meus seios e f
Everly O cheiro de algo delicioso me despertou fazendo minha boca salivar. Pizza! Saio cuidadosamente da cama por causa da dor incomoda, porém, completamente bem-vinda. Vou em direção ao cheiro e encontro Joshua abrindo a caixa de pizza na mesinha de centro da sala. Minha boca saliva não somente pela pizza, que aparentava estar deliciosa, mas também por vê-lo com uma boxer desfilando despreocupadamente pelo ambiente. Percebi que tinha recém tomado banho pelas gotinha de água em suas costas e o cabelo úmido. Homem fodidamente gostoso! — Parece que a bela adormecida resolveu acordar — diz com um sorriso maroto — Comprei pizza para jantarmos — me aproximo e sento em cima de algumas almofadas que Joshua colocou estrategicamente. Meus olhos crescem de tamanho ao ver o queijo derretido e gorduroso. Bem, espero que não me dê dor de barriga. — Você sabe que se eu ficar com dor de barriga, nossos planos de aproveitar irão por água abaixo — digo apenas para avisar, mas pronta para atac
Everly “Fique despreocupada diva, vá ser feliz e dar mais que chuchu na certa, você tá precisando. Irei cuidar das crianças como se fossem meus filhos!” Até sentia uma pontinha de medo ao tentar imaginar Dylan mimando meus filhos demais, e eles voltarem para mim completamente estragados, principalmente meu tornado chamado Yesenia. Agradeço rapidamente a Dylan dizendo que seria uma breve viagem. A mão de Joshua aperta minha coxa exposta e eu lhe dou um olhar atrevido. Ainda não podia acreditar que pegamos nosso jato privado e voamos para Montesano, foi realmente uma loucura de última hora e não estava nem um pouco arrependida. Não me sentia tão viva assim há anos. Joshua planejou tudo durante o voo e agora estávamos dentro de um carro alugar após pousar em Montesano, indo em direção ao antigo apartamento dele, onde há muitas memórias deliciosas guardadas. Os ouvidos das pessoas iriam sangrar se as paredes pudessem contar todas as histórias que ocorreram naquele minúsculo apar
Everly Me olho no espelho e fico imensamente satisfeita com o meu reflexo. Há quanto tempo não me arrumava assim? O vestido dourado de corte triangular caiu como uma luva no meu corpo, era curto, com um decote cravado no seio e nas costas, Joshua irá simplesmente pirar quando colocar os olhos em mim. Eu não posso pensar em me abaixar um minuto sequer, a falta da calcinha me deixava selvagem e sem qualquer pudor no corpo. Estava me sentindo animada e eufórica, doida para conversar com meu homem gostoso e depois pular em cima dele “a noite inteira”. Ajeito meu cabelo que que caia brilhando e ondulado nas minhas costas, passo um batom vermelho bordô e faço um esfumado marrom bonito nos olhos. A imagem refletida no espelho mostra uma mulher completamente diferente, hoje não sou somente mãe, também sou uma esposa e mulher fatal. Ouço meu celular tocar e abro o aplicativo de mensagens ansiosamente. “O motorista está te aguardando. Estou te aguardando impaciente, meu amor” Solto um
Joshua Passo pelo mesmo dilema todas as manhãs, dia após dia, ano após ano. Olho para os frascos dispostos sobre a bancada de granito do banheiro e começo um comprimido de cada frasco. Todos os dias penso de devo tomar ou não esses malditos comprimidos que deixam estranho, que influenciam muito a minha personalidade e atitudes, então olho para a minha família, para minha esposa e os dois filhos que ela me deu, e engulo a força todas as pílulas. Eu não queria ser um fardo para Everly, percebia como estava cansada e atribulada. Merda, eu também estava cansado e atribulado no trabalho, isso não era desculpa. Dormi ontem com a cabeça em cima da mesa e cheguei extremamente tarde em casa, só precisava terminar esse projeto que estava me deixando maluco e então irei passar mais tempo com minha família, sentia que estava errando com Eve e não queria isso. Só mais alguns dias e tudo estará concluído. Ela dorme profundamente na cama, simplesmente desmaiou depois que a comi de forma tão go
Everly “Gata, quando nós vamos sair para colocar as fofocas em dia?” Sorrio para a mensagem de Dylan, nossa amizade forte prevaleceu por todos esses anos e era a amizade mais sincera que tinha na minha vida. Tentei me enturmar quando cheguei a Nova Iorque, conheci muitas pessoas por causa da influência de Joshua, mas sentia que não eram pessoas boas, queriam me surpreender para cair nas boas graças do novo empresário de sucesso. E honestamente? Não precisava de amizades falsas e não me importava de ter muitos amigos, o melhor que tinha comigo. “Que tal amanhã? Estou esperando Joshua chegar, mas acho que vou dormir, estou cansada e não aguento mais manter os olhos abertos” Espero sua resposta, contudo, meu olhos insistiam em se fechar enquanto aguardava Dylan terminar de digitar. “Precisamos mesmo conversar, Eve. Não estou gostando do que anda acontecendo. Joshua precisa estar mais presente e sinto que você não está mais feliz como antes” Droga, não queria deixá-lo preocupado c
Último capítulo