52. O estado de Charles
O escritório da Agência Escondida sob a "Pizza Deliziosa" virou um verdadeiro caos assim que a mensagem em código morse de Lamartine chegou. Alguns agentes corriam para se preparar para a missão de resgate.
Com a tensão evidente em seu rosto, o chefe da operação, um homem de terno impecável e uma expressão de quem não dormia há três dias, pegou seu telefone e discou um número. Seus olhos brilhavam com a urgência da situação.
— Boris, lembra daquele favor que você me deve? — Sua voz soou séria, quase ameaçadora.
Do outro lado da linha, uma voz carregada de um forte sotaque russo respondeu:
— Se for para esconder um corpo, eu cobro extra.
— Se fosse para esconder um corpo, eu ligaria para sua mãe. Preciso de informações.
O russo riu. Uma risada curta, desconfiada.
— Quem você está tentando salvar desta vez?
— Charles Lamartine.
O silêncio do outro lado foi quase ensurdecedor.
— Se ele está pedindo ajuda, a coisa está feia. Vou ver o que consigo.
O chefe desligou sem se despedi