A vida de Hanna, é quase perfeita. Ela tem o trabalho que gosta, mora sozinha e é independente. Dedicada a viver bem, ela se concentra no seu trabalho mais que qualquer outra pessoa e tem uma melhor amiga. Mas, em certo dia qualquer, tudo parece bem e normal como sempre foi, porém, em plena reunião, ela vê o seu ex-namorado sendo anunciado como dono de metade da empresa que ela trabalha. Sim, seu ex-namorado e ele agora é o seu chefe! O choque é instantâneo e ele quer resolver os assuntos do passado. O amor é notório, mas, os segredos do passado precisam ser revelados antes de qualquer coisa. Mentiras, traições, manipulações, segredos de família e ameaças são alguns dos pontos que precisam ser resolvidos. Será que eles conseguem superar isso tudo e viver o amor que foi roubado?
Leer másHanna Dawson | Dias atuais
O meu celular não alarmou e acordei em cima da hora num pulo. Já tinha perdido quarenta minutos e esses quarenta minutos, são suficientes para me fazer chegar atrasada e levar uma bronca do meu chefe. Quer dizer, Oliver Blake, não é tão carrasco, mas, prefiro manter a imagem assim para não me desleixar.
Por causa do atraso, tive que tomar um banho de gato!
Entrei e quando pisquei já sai e escovei os dentes mais rápido que o Flash, porque não moro tão rápido da empresa, mas, a minha salvação é que a minha moto saiu da revisão ontem. Sim, ando de moto porque além de ser mais acessível, eu adoro. Criei uma certa paixão e o tornei o meu meio de transporte da salvação.
Depois do banho, eu me vesti de uma calça social somente para poder andar na moto e lá, é que eu vou retirar para pôr a saia. A blusa, é uma cinza de renda linda que adoro e a maquiagem, eu fiz uma básica de apenas o batom, lápis de olho, rímel e blush, porque não dava tempo para mais nada. Peguei a minha bolsa, os meus saltos e corri para a moto para cair na estrada.
Bom, acho que enquanto corro feito louca, eu posso me apresentar melhor.
Prazer, sou Hanna Dawson, tenho vinte e quatro anos e, atualmente sou secretária de Oliver Blake, dono da Arq. BlakeKnox. É uma empresa de arquitetura e nos últimos anos, temos crescido bastante. Fora que, trabalhamos com construções imensas, recebemos pedidos para todos os tipos de construções e não é um trabalho ruim. Na verdade, eu adoro.
Fora o meu trabalho que fica em Nova York, eu adoro esse lugar e aprendi praticamente sozinha a andar aqui. A minha mãe continua morando em Washington e, fico um pouco preocupada dela ficar sozinha, mas temos contatos todos os dias e sempre a ajudo no que posso. Não ganho ruim, consigo me manter bem e mandar um dinheiro para ela e aqui, pago um aluguel razoável de um apartamento que acredito plenamente que foi uma obra divina.
Moro com a minha gata, Mingal. A tenho há uns cinco meses e isso porque ela começou a invadir o meu apartamento e eu a encontrava dormindo no meu sofá.
Como ela entrava? Não faço ideia.
Se eu me lembrar de contar mais alguma coisa, eu volto e retornando ao agora, dou a volta no prédio para entrar pelos fundos. Gosto de usar a entrada traseira de funcionários, porque muitas vezes eu chego meio que, desproporcional pela calça, falta de saltos na moto e os cabelos revoltados, então, sempre me arrumo ao chegar. Estaciono a moto no lugar de sempre e travo a minha moto já praticamente correndo para pegar o elevador.
— Apressada, Sta. Dawson? — Beto, um dos seguranças do prédio diz abrindo o elevador para mim.
— Bom dia, Beto! Se eu não estiver atrasada, não sou eu. — Digo vendo as portas se abrindo e já entro sem demora. — Obrigada! Te devo essa.
— Eu vou cobrar! — Sorrio largo para ele, soltando um beijo.
O elevador sobe e fico encarando o painel dos andares, pedindo aos céus que ninguém atrapalhe a minha subida, mas, para o meu azar, ele estaciona no meio do caminho e uma das funcionárias entra. A cumprimento e o elevador sobe, ao chegar no meu andar, saímos juntas e corro para o banheiro externo para me vestir, porque fica praticamente ao lado do elevador e não quero andar pelo salão assim.
Ao entrar, coloco a minha bolsa na pia e já começo a retirar a minha calça.
Apresento-lhes a minha maior salvação que é a minha bolsa, porque o que tenho aqui dá para sobreviver qualquer catástrofe mundial da área visual. Tenho de tudo e por isso, já começo a pedir aos céus uma pausa no relógio para me arrumar e nisso, visto a saia, ponho os saltos, retoco o batom que estava meio borrado, balaço os cabelos, ajeito o decote e borrifo o meu perfume mais uma vez.
— Sabia que era você entrando às pressas. — Tati, uma colega de trabalho diz ao entrar.
O nome dela é Tatiane, mas, a chamo de Tati.
— Já fiz a minha fama. — Digo guardando tudo na bolsa. — Blake, já chegou?
— Não e você só tem cinco minutos. — Ela fala mostrando a mão aberta e movendo os dedos.
— Perfeito, obrigada! — Solto beijo para ela e saio correndo nos saltos.
Aprendi a usá-los de todas as formas, mas correr é o ponto auge.
Vou diretamente para a sala do meu chefe e já começo a ligar as luzes, o ar da sala, o laptop, abro as cortinas, retiro a bagunça que ele deixou e quando menos espero, a porta se abre e ele me olha levantando uma sobrancelha.
— Deixa eu adivinhar, se atrasou? — Oliver, diz com um riso de canto de boca.
— Meu celular me odeia e o meu despertador mais ainda. — Respondo respirando fundo e ficando ereta. — Bom dia, Sr. Blake.
— Me poupe, Dawson..., as formalidades são para com os de fora. Aqui, entre mim e você somos apenas Oliver e Hanna. — Ele fala retirando o seu blazer.
Oliver Blake, é um homem muito liberal e tranquilo. É liberal no sentido de não ser chato. Ele não tem aquela pose de superioridade por ser o dono de tudo e, acreditem, ele é só dois anos mais velho que eu e já é rico e dono do próprio negócio. Ele é divertido, educado e muito competente. Ele sabe bem como conduzir as coisas e sabe de cara quando algo não dará certo.
— Só estou sendo uma boa funcionária. — Digo dando de ombros. — O seu laptop já está ligado e vou buscar a sua agenda. — Digo saindo de trás da sua mesa. — Eu não demoro. — Falo passando por ele, mas, Oliver toca a minha mão.
— Pensou no que pedi? — Pergunta do meu lado, quase sussurrando.
— Oliver, você é o meu chefe e misturar as coisas nunca dá certo. — Respondo o olhando de soslaio e claro, olhando para a porta da sala.
— Não dá para saber se não tentar..., apenas um jantar, sem pressão. — Ele diz insistindo, mas de forma suave.
— Jantar? — Pergunto para ver se entendi bem.
— Isso! Eu te levo à um restaurante, conversamos, tomamos um vinho e depois te deixo em casa. — Ele insiste descendo rapidamente o seu olhar para a minha boca. — Só isso.
Não é fácil dizer um “não” a Oliver Blake, porque como falei, ele é um homem diferente e lindo, muito lindo. Ele nunca me deixou desconfortável, nunca me assediou e esse pedido veio da forma mais normal possível que fiquei em choque. Ele me respeita muito, não tira piadas e nem solta indiretas, e com outras pessoas presentes, ele se comporta formalmente.
O problema é que penso que uma hora isso poderá dar errado e eu gosto do meu trabalho.
Gosto e preciso!
— Tudo bem! Mas, é só um jantar. — Respondo o vendo sorrir.
Ele ainda segura a minha mão e se inclina deixando um beijo, então, sorrio pequeno e peço licença.
Não acredito que aceitei um jantar com o meu chefe e enquanto ando, encontro a Tati para conversar um pouquinho.
TatianeVejo a minha imagem no espelho e dou meia volta para ver se a minha bunda está marcada dentro do vestido. Bingo! O tecido a deixou com a visão de ser maior e sorrio dando uma palma em comemoração.Oliver vai ficar maluco!O vestido é um longo, vermelho vinho e a fenda na lateral da coxa só me deixa mais sexy ainda e por mais que não tenha um evento imediato para usar, já o comprei. Nesse momento, eu estou no closet do meu quarto, enquanto Oliver brinca com Tayler e Jeniffer, então, aproveito esse tempinho e já decido experimentar a lingerie nova que comprei.Acreditem, nas minhas compras com Oliver acompanhado, eu preciso ser mais rápida que o flash, porque ele olha tudo e ele não podia ver, senão que graça tem? Enfim, só vi ela lá e peguei rapidamente e só comprei, porque é o meu número. Agora, começo a vestir para ver como ficará no meu corpo e de imediato, acho um pouco estranho na parte dos seios.— Ah, preciso apertar mais aqui... — Falo de uma das alças que ficam moles e
Hanna | Um tempo depois...Eu nunca fui tão feliz na minha vida e essa cena é tão gostosa de ver.Estou assistindo Adam brincar de bola no jardim com Mattew e seguro a Melissa nos braços. Melissa já está com quase um ano de idade e ela fica toda animada ao ver eles dois juntos ali. Ela fica tentando ficar de pé no meu colo, movendo os bracinhos e as perninhas numa empolgação grande e os gritinhos na direção deles me faz sorrir sem parar.Melissa é mais uma paixão nossa vida e quando descobrimos que eu estava grávida outra vez, foi uma euforia indescritível. Mattew ficou maluco. Descobrimos no Dia dos Namorados e preparei uma surpresa para contar, mas fomos surpreendidos. Queríamos passar um tempo a sós e por sorte, a minha mãe estava em Nova York e deixamos Adam com ela. Então, eu preparei uma caixinha de presente e junto, eu comprei uns sapatinhos brancos, um body, um laço rosa e uma gravata azul.Ficou tão lindo!Porém, quando ele chegou em casa, ele já tinha programado algo e me a
Hanna | Alguns meses depois.Mattew dirige o mais rápido possível para o hospital e tento respirar fundo conforme a minha obstetra me ensinou. Mattew, tinha saído de casa para comprar um sorvete que gosto e eu fiquei no quarto sozinha. Quando me levantei para ir ao banheiro, a bolsa estourou e tentei manter a calma, mas eu literalmente me esqueci onde o meu celular estava.Resumindo, Mattew demorou um tempo a voltar e as dores começaram.Nesse momento, eu o vejo ultrapassar vários carros pela frente e a sua preocupação é enorme. As dores são bem chatas, que aumentam em pouco tempo e confesso que sinto um medo crescer dentro de mim. Respiro pela boca, de forma rápida e puxando o ar e o soltando forte, enquanto isso, sinto o meu corpo todo tensionar.— Ai... — Sinto uma fisgada nas costas aperto o banco do carro. — Caramba!— Estamos chegando... — Ele ultrapassa mais um carro e buzina para o da frente. — Eu não devia ter saído..., já éramos para estar lá.— Foi eu que pedi, lembra? — Dig
Mattew KnoxO tempo está passando tão rápido.Já são quase dois anos casado com a minha da minha vida e tenho vivido momentos únicos com ela. Apesar dos momentos difíceis que temos passado, Hanna continua de cabeça erguida, continua linda do jeito que é e tem mostrado uma força maior a cada momento.Tenho estado ao seu lado a cada segundo, tentando ao máximo mostrar a nossa vida conquistada e ela tem se entregado ao nosso casamento por completo. Conquistamos a nossa casa, sempre fazemos viagens, a empresa está indo melhor do que nunca e claro, sempre temos ido a Washington ver Anthony que é o motivo maior de nossas visitas.Amo meu irmão e ele está crescendo tão rápido que me faz querer visitá-lo mais vezes.Faço vídeo chamada com o meu pai quase todos os dias, mas a duração é maior com ele, que, vive pedindo para eu ir vê-lo. Pretendo trazê-lo para conhecer a minha casa e por ele, estou disposto abrir as portas para Nicole passar uns dias, mas só por ele mesmo. Fora isso, como a emp
Hanna | Um ano e alguns meses depois.Que sensação maravilhosa!Respiro fundo o ar da Inglaterra aqui na varanda do quarto, sentindo um certo aperto no peito por ter que ir embora, mas já começo a programar a próxima a visita. Já é a quarta viagem para cá e tenho opções de conhecer outros lugares, mas eu amo a Inglaterra.Gravo bem essa imagem daqui de cima, lembrando das outras vezes que vim aqui e o meu coração se aquece com os momentos maravilhosos que tive com Mattew. A lembrança mais especial, foi na nossa lua de mel e não tem como vir aqui se lembrar."Acordei com um vento tocando a minha pele e quando olhei para o lado, Mattew não estava e ao notar o quarto desconhecido, foi que lembrei que estávamos na Inglaterra. Corri na mesma hora me cobrindo com o lençol e fui para a janela ver o dia perfeito com um sol iluminado e forte. O ar da Inglaterra é diferente, ao olhar para todas as direções o que se vê são relíquias e algo histórico, e isso me cativa.Ouvi um pigarro e ao olhar
Hanna DawsonÉ difícil acreditar que só consegui saber sobre ele agora e no dia que o conheço, ele morre.Estou tão perdida em pensamentos, que me assusto ao sentir o toque de Mattew.— Oi, ei..., sou eu! Como se sente? — Ele se agacha na minha frente, porque estou sentada em um banco qualquer perto de uma máquina de doces e salgados.— Falta alguma coisa? Podemos ir? — Pergunto querendo sair daqui o quanto antes.— Claro que podemos..., vamos para casa. — Mattew fica de pé e estende a mão, então me levanto.— Ainda tenho trabalho a fazer, eu deixei uns documentos... — Tento explicar a ele, mas sou interrompida.— Tatiane pode resolver e Oliver também..., vamos para casa, Hanna! — Mattew não vai mudar de ideia e eu apenas aceno.Seguro a sua mão e andamos em direção à saída do hospital. No lado de fora, entramos no carro, coloco o cinto e fico com a cabeça inclinada para o lado da janela. Fico com os pensamentos voltado aos momentos de suplica e desespero de Martin, pedindo para ver a
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