SARAH
Se ele quer guerra, é guerra que ele vai ter.
Desligo o chuveiro, frustrada, sentindo o frio gelado se arrastar pela minha pele. Meu quarto pode ser aconchegante, mas um chuveiro que parece um cubo de gelo definitivamente não faz parte do pacote. Então, por que não aproveitar as circunstâncias?
Visto o roupão mais macio e envolvente que encontro, minha pele ainda úmida contrastando com o tecido quente. E nada por baixo. Sim, isso mesmo. Se ele acha que pode brincar comigo, está na hora de mostrar que também sei jogar.
Bato na porta do quarto dele, já sabendo que quem virá me atender será minha pequena traidora – minha filha. E não erro.
— Mamãe! — Ela sorri ao me ver, os olhos brilhando de animação.
Mas, antes que eu possa responder, ele surge logo atrás. Alto, forte, e, para minha satisfação, sua expressão vacila no exato momento em que seus olhos percorrem meu corpo, demorando-se na abertura generosa do roupão.
Perfeito.
— Por que você está aqui assim, Sarah? — A voz dele soa