KYRA
.
.
Esses três dias, foram um completo inferno, eu acordava, ajudava a minha vó, fazia comida, e tentava esconder a dor que fazia morada na minha alma.
Por várias vezes, ela me disse que a empolgação que havia na minha voz, havia sumido, e que eu não tinha mais o mesmo brilho de antes no olhar.
Eu não podia falar pra ela sobre o caus que eu estava vivendo, e nem podia perguntar sobre o meu pai.
O limite de espera pra eu dar a resposta pro Rafael havia chegado.
Durante esses dias, o Dilan havia me ligado várias vezes, e eu fui incapaz de atendê-lo, eu não iria conseguir esconder dele o que eu estava vivendo, e eu precisava pensar no que eu iria fazer, e em qual resposta eu daria pro Rafael.
Levantei da cama, consumida pelo medo, pela insegurança e pela incerteza.
Nada havia acontecido de diferente nesses três dias, o Rafael não tentou contato, e nada mudou no processo da casa da minha vó, então eu pensei seriamente em dar um não pra ele, e mandar ele ir pro inferno.
Mas isso mudo