Maria!
- Vamos, crianças, atrasadas de novo... Entrem no carro antes que seu pai os veja.
Maria socou as crianças dentro do carro, logo Jordan entra olhando para Maria.
- O que foi desta vez?
- Nada, senhor! Um pequeno contratempo, só isso.
Chegaram na escola e Maria desceu para deixar as crianças, Jordan saiu logo atrás e pegou Maria pelo braço.
- Maria, venha! Irei levá-la na faculdade.
- Senhor, mas sua reunião?
- Ela pode esperar, entre!
Meio relutante, ela entrou. – Sim, senhor!
- Maria, quero ver com você, como fará para levar as crianças na festa de Halloween? Eu não estarei aqui, estarei viajando.
- Sim, senhor, eu sei. Já conversei com a senhora Madelaine sobre isso.
Ele ficou olhando-a esperando que ela dissesse o que faria, mas nenhuma palavra mais foi pronunciada.
- Como está indo em suas provas?
- Bem, senhor!
Maria era uma menina com dezoito anos que Madelaine conheceu na casa de uma amiga, seu francês ainda era limitado e sua postura às vezes quase tão infantil quanto à das crianças, embora seu respeito aos patrões fosse admirável. Jordan a deixou na frente da faculdade.
- Irei pedir para o motorista buscá-los.
- Sim, senhor, obrigada.
Ela desceu e saiu correndo em direção às suas colegas.
- Amiga! Esse é seu patrão?
- Sim, Joana.
- Ele é lindão! Deus do céu...
- Deixa de bobeira, vamos entrar.
- Ai Marry, ele é bonito sim.
- Mas é meu patrão, Linna.
Elas entraram no saguão. Maria teria as duas primeiras aulas sozinha, ou pior, acompanhada por outros alunos. Parou em seu armário para largar algumas coisas. Viu que a porta começou a fechar. "Droga, estragou de novo!"
- Para de reclamar mentalmente, viu quem está ali?
- Oi Dudi! Não tinha visto.
- Vem, vamos passar por ele.
- Para, não! Oi Bryan. - Falou docemente.
- Oi Marry! Lembra-se da festa deste final de semana né?
- Lembro, mas já disse que estarei com as crianças. Não poderei ir.
- Que pena! Irá fazer falta. Ei, aonde vai? Ainda não tocou o sinal. Essa menina é doida! Ah! Entendi. Cara a deixa em paz. O que ela fez?
- Nasceu!
- Sério? A menina saiu correndo quando te enxergou. Kenny, ela tem pavor de você!
- E eu dela e daquele amiguinho dela.
- Eu gosto dela, e não ligo para ele. É como se não existisse. Vamos para aula.
Maria estava esperando o motorista.
- Ops, caiu!
Kenny esbarrou nela com muita força a fazendo derrubar o livro que estava lendo, ela olhou-o e deixou o livro no chão.
- Não irá juntar? Acho que uma babá não pode se dar ao luxo, comprar dois livros com o salário que recebe! - Ele largou o pé em cima do livro. - Junte!
Ela o olhou.
- Este livro não é meu, foi o Bryan que me emprestou. - Kenny em um impulso se abaixou rápido e juntou o livro, ela o tirou de suas mãos. - Obrigada, você foi muito gentil.
Ela entrou no carro quase chorando. Buscou as crianças. Chegou em casa e Madelaine estava esperando-a.
- Maria, sabe que terei compromisso esse final de semana?
- Sim, senhora. Já organizei a agenda das crianças.
- Perfeito, querida.
- Vou colocar as crianças no banho, tomar banho e estudar.
- Sim, pode ir.
Madelaine é uma mulher alta e esguia, seus longos cabelos pretos com uma franja, ajudavam a dar uma forma mais rude ao seu rosto quadrado. Seus olhos eram expressivos e sua voz firme a tornava uma mulher temível por sua imperatividade.