Cap.124
Ele não desviou o olhar, um meio sorriso se formando.
— Talvez sim… talvez não. — A forma como falou deixava claro que, mesmo na brincadeira, havia algo de verdadeiro ali. — Mas tenho certeza de que, mais cedo ou mais tarde, você vai se sentir estranha por isso.
Ela inclinou a cabeça, estudando-o.
— E se eu disser que não me importo com esse tipo de vínculo?
— Eu também não — respondeu, mas havia um brilho enigmático em seus olhos. — Infelizmente, nós, irmãos, compartilhamos a mesma ligação… as mesmas emoções. É como se fosse tudo uma coisa só… mesmo que cada momento só pertença a um de nós, que viveu. O único problema é que é um vínculo incomum, que ninguém sabe que existe na família Kan.
Maya sentiu um arrepio, sem saber ao certo se era pelo teor das palavras ou pela forma como ele as dizia. Ela apenas sorriu, recuando um passo.
— Boa noite, Kan.
— Boa noite, Maya — respondeu, a voz grave.
Então, ela fechou a porta do carro e se dirigiu até a entrada. Ao abrir, o cheiro fami