Cap. 104
Cap. 104
Matheo foi arrancado de cima dela com a força de um vendaval. Voou pela sala como um boneco de pano, colidindo com a parede e caindo de joelhos. Maya ofegou, livre, caindo para frente e se apoiando nos cotovelos, o corpo ainda fraco.
Ela ergueu o olhar.
Ali estava Kan.
O alfa irradiava raiva silenciosa, o maxilar travado, os olhos brilhando com um dourado animalesco. Seu peito subia e descia com a respiração pesada, o terno amassado, os punhos fechados. Era o lobo. Era o homem. Era a tempestade.
Matheo tremia diante dele, com o rosto marcado pelo impacto.
— P-perdão, alfa... eu não sabia... eu não...!
— Você se atreve a tocar na parceira de outro lobo? — o alfa rosnou para Matheo, os olhos ainda mais ameaçadores. — Você deveria morrer. Agora.
A sala estava em silêncio absoluto, exceto pelo som abafado da respiração frágil de Maya e o tremor nos ossos de Matheo.
Ele deu um passo adiante. Maya achou que ele realmente fosse acabar com tudo ali. Mas, ao invés disso, ele parou ao