Danyela Luchese, perdeu a mãe aos 5 anos depois de um câncer e após o pai se tornar, um homem agressivo e cruel, é salva pela família Caruso, uma família tradicional aos olhos da sociedade e também a primeira no comando da Organização na Máfia Italiana. Giancarlo Caruso entrou na vida de Danyela para protegê-la e aos pucos viu seu instinto de proteção se transformar em amor. Será esse amor o bastante para obter a confiança dela e protegê-la de seus medos mais terríveis?
Ler mais“Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada” Edmund Burke
~Danyela Luchese~
"Don Philipe não ficará feliz com vocês ou com as suas famílias quando ele descobrir o que estão fazendo com a filha dele.” - Digo ao garoto que está encurralando a pequena Mya contra a parede.
Mya é a filha mais nova da família Caruso, a família mais poderosa que conhecemos e que chefia a Organização. Eu a conheço desde que éramos pequenas porque meu pai e meu tio Salvatore são membros dessa mesma Organização.
A maioria de nós que nascemos dentro da máfia nos conhecemos a vida toda, crescemos aprendendo a servir a máfia. Isso inclui ocupar o lugar que era de nossos pais ou casar e ter filhos com pessoas dentro da Organização.
Minha mãe e a mãe de Mya eram amigas e damas da máfia e gostavam muito uma do outra. Depois que minha mãe morreu, eu acabei me distanciando de algumas pessoas, especialmente daquelas da minha idade.
Estudamos em um colégio particular e tradicional, os alunos daqui são filhos de politicos, empresários, mas a única coisa que a maioria de nós tem em comum é que nossos pais eram mafiosos.
Mya era um ano mais jovem do que eu e estávamos em classes diferentes, mas durante meses eu tinha notado que esses mesmos garotos estavam incomodando ela.
No começo não me importava porque pensei que os seguranças já tinham notado ou que ela já tinha dito aos seus pais. Eu não deveria me envolver nisso, já que eu era apenas a filha de um associado da organização.
Mas acontece que eu odeio injustiças, ver que os garotos perderam o medo do pai dela por ela não fazer nada, me incomodou, isso e eu também odeio valentões que abusam de pessoas indefesas, eu passo por isso na minha casa e enquanto puder impedir que aconteça com outra pessoa eu farei. Os garotos me olham agora com uma expressão séria e o que eu queria, acaba dando certo.
“Se chegarem perto dela de novo, tenho certeza que os seguranças vão adorar arrancar a coisa minúscula que vocês tem entre as pernas e dar de comer aos cães da mansão.” - Antes que acabe de falar, os garotos já estão correndo e nos deixando sozinhas.
“Obrigada Danyela, mas não precisava fazer isso.” - Ela diz com a cabeça baixa enquanto pega seus cadernos e coloca de volta na mochila.
“Mya, você é filha do Don. Não pode deixar que ninguém faça esse tipo de coisa com você.” - Digo enquanto a ajudo.
“Eu não quero que ninguém tenha medo de mim aqui, já é bem difícil fazer amigos.”
“Você quer esse tipo de amigos? Que jogam suas coisas no chão e te encurralam na parede.”
“Você não entenderia. Obrigada de novo.”
“A propósito, seu dever de casa está errado.” - Ela volta para mim com uma grande ponto de interrogação em seu rosto.
“Eu vi seu dever e tá errado.”
Me viro e saio andando até a biblioteca enquanto Dante o segurança dela e meu amigo de infância se aproxima acenando e sorrindo para mim.
Mais tarde naquela mesma noite, eu estou sentada em minha cama lendo um livro quando meu telefone toca e vejo um número desconhecido.
“Alô.”
“Oi, sou eu Mya. Peguei seu número com Dante.”
“Oi, você está bem?”
“Sim, eu só queria agradecer por me defender hoje e por falar do meu dever. Estava mesmo errado. Como você sabia?”
“Tempo demais estudando e não quero correr o risco de não entrar na faculdade.”
“Mas ainda falta tanto tempo, por que a pressa?”
“Só a faculdade vai me livrar dessa masmorra dos infernos.” - Penso alto. - “Não é nada, eu só gosto mesmo de estudar.”
Ficamos conversando durante muito tempo e ela acabou me contando que tinha dificuldade em matemática e literatura e pediu ajuda com o dever de casa.
Inicialmente, tia Sandra a mãe de Mya, foi falar com meu pai pessoalmente e pediu para que eu pudesse ajudá-la, eu ia regularmente para a mansão e depois seguranças me deixariam em casa.
Ela se ofereceu para pagar por isso, mas eu não achava que fosse justo e disse que só faria isso para ajudar, afinal, Mya era a única pessoa que falava comigo naquela escola e eu não tiraria vantagem sobre isso.
Meu pai, que estava sempre muito ocupado com bebidas e jogos, não se importava com a minha conexão com a filha do nosso Don. Meu pai tinha seus próprios problemas para se preocupar e meu tio Salvatore trabalhava bastante em seus negócios e na Organização e sempre que ele estava ao redor ele fazia tudo o que podia para me agradar.
Além disso, Salvatore e Leonor tinham um caso extraconjugal para se preocupar, então nenhum dos dois se importaria com o que eu estava fazendo. Várias vezes segui Leonor até o armazém e ouvi tudo o que ela e o meu tio fizeram ou disseram sobre a Organização, ou sobre o meu pai.
Foi assim que me tornei testemunha de várias barbaridades, foi assim que o ouvi falar de mim da maneira mais repugnante e possessiva que já vi, foi dessa forma que fiquei enojada e aterrorizada ao mesmo tempo.
Meu tio era um homem bonito e educado perante a sociedade, filho adotivo dos Luchese e o mais novo dos dois irmãos, ele aprendeu a multiplicar sua fortuna muito rapidamente, mais rápido do que meu pai, que era mais velho e teve que se preocupar com sua família, seu trabalho, sua obrigação como profissional e como membro da Organização.
Meu pai foi avisado várias vezes por Don Philip para terminar sua carreira fracassada como jogador, pois estava envergonhando a família e a Máfia. Ele parecia um cachorro assustado na frente de Don Philip, mas quando ele estava sozinho com o meu tio, ele ria orgulhoso das traições contra a família Caruso.
~Danyela Caruso~“Você sabe que se ficar aí parado me olhando eu não vou conseguir não é? Isso é estranho.” - Eu estava sentada no vaso sanitário e precisava fazer xixi, mas não conseguia fazer isso com ele me olhando ansioso.“Ah, desculpe. Eu vou fechar a porta, mas estou aqui.”“Eu sei, amor. Eu sei que está.”Era o terceiro teste de gravidez que fazíamos no mês e novamente era negativo. Eu já estava a ponto de socar aqueles dentes brancos dele devido à sua ansiedade. Ele ficava ansioso e me fazia ficar pior cada vez que o teste era negativo.Na maioria do tempo eu ria, era engraçado ver um mafioso enorme musculoso preocupado porque não conseguia engravidar a jovem esposa.Logo após resolver a situação de Salvatore, eu retirei o implante
~Giancarlo Caruso~dias depois...É noite de natal e nossa família está toda reunida na mansão, temos não somente esta data para celebrar, há motivos de sobra para sermos gratos.Minha esposa está bem e a salvo, a saúde de meu pai está estável, mas falta algo para completar nossa felicidade.Estávamos na sala de estar vendo os filhos de meu primo Matteo correndo de um lado para outro. Aquilo me deixava frustrado, porque eu pensei que após retirar aquele maldito implante, seria rápido.“Eu preciso engravidar você.” - Eu suspirei com rosto mergulhado em seus cabelos.“Nova missão, Amor?” - Ela ri e eu não entendo como pode estar tão tranquila.Tudo finalmente está em paz e finalmente poderemos ter nossa lua de mel
~Giancarlo Caruso~Nosso carro para nos fundos de um prédio afastado da cidade, é uma construção antiga e localizada no meio de um bosque cheio de árvores frondosas, que a escondem ainda mais.Estamos em um hospital psiquiátrico, um lugar que nos garante anos e anos de clausura ao nosso prisioneiro.Quando ele é trazido e nos encontra, eu posso confirmar que sua feição debochada já o deixou e o pânico por não saber sobre seu destino o deixa louco."O que é isso, Giancarlo, onde estamos? O que pensa que está fazendo." - Giovanni lhe dá um tapa da cabeça e ordena que fique calado. Ele parece um cachorrinho assustado agora.Eu volto meu olhar em direção ao carro e Dante está de pé encostado e ao lado dele olhando pelo vidro aberto, Danyela observa atenta a movimentação.Seu sorriso para mim agora me faz querer terminar logo isso e agarrá-la dentro daquele carro, mas temos que perder mais um pouquinho do nosso precioso
~Giancarlo Caruso~Eu pensei muito antes de tomar a decisão de trazê-la até aqui e participar dessa reunião, mas me lembrei que quando decidi me casar com ela, não dei a chance de saber sobre sua opinião. Ela agora é minha esposa e eu não poderia tirar novamente sua voz.Assim que nos posicionamos dou a ordem para que tragam Salvatore e ele é colocado sobre uma cadeira a nossa frente. Seu rosto está machucado, eu fiz uma primeira visita a ele e me certifiquei que sentisse dor antes de estar na presença dela.Eu o observo e tento entender como um homenzinho patético como esse causou tanto medo e deu tanto trabalho para ser capturado.Mas agora entendo que Salvatore não era nada sem uma retaguarda reforçada, sem aliados e poder. Eu cacei cada um deles, todos que o ajudaram se arrependeram e foram expulsos ou pagaram por seus crimes. Inclusive Al
~Danyela Caruso~Estávamos deitados na cama vendo o tempo passar quando ele virou e me encarou."O que você gostaria que acontecesse a ele?""Eu não sei?" - Fiquei confusa porque nunca pensei realmente sobre o que Salvatore merecia."Pense Amore Mio, eu farei exatamente como você quiser. É o seu direito."Eu repassei em minha mente tudo que meu tio fez, tudo que eu me lembrava sobre ele desde que descobri sua natureza perversa.Eu também pensei em meu avô, como ele estaria decepcionado se estivesse vivo. Ele morreu quando eu ainda era pequena e não me lembro muito bem dele, a única coisa que sei é que era um homem honrado em sua palavra, honrado em sua posição dentro da Organização.Trabalhou anos para deixar um legado além de uma fortuna destruída pelos dois filhos inúteis. Aj
~Giancarlo Caruso~Dante nos levou para casa, ele agora cuidaria da segurança dela, eu só confiaria nele nesse momento para desempenhar essa tarefa. Minha esposa, meu mundo, precisava se sentir segura finalmente.Durante todo o caminho ela seguiu calada abraçada a mim, como se estivéssemos voltando de um passeio. Não me lembro de vê-la tão tranquila.Enquanto o médico a examina sob meu olhar atento, Dante verifica a segurança da casa. Tudo estava perfeito, sem qualquer vestígio do que aconteceu no nos dias anteriores. Era apenas a nossa casa.Eu a levei para o banheiro e enquanto ajudava a tirar a suas roupas, ela se olhou no espelho e passou a mão pelo rosto. Eu olhei a mancha arroxeada e isso me lembrava que quando colocasse as mãos naquele desgraçado novamente ele pagaria por mais esse crime.“Sente alguma dor?”“Não, não dói. Só estou cansada e com saudade de você.”Eu a ajudei a tomar banho, cada parte de seu corpo foi cuidadosamente limpa por mim e a cada centímetro da sua pele
Último capítulo