Exigindo o que é meu por direito.
LUCAS
Ela saiu.
E eu me senti impotente.
O gosto amargo da rejeição grudou na minha garganta, se espalhando pelo meu corpo como veneno.
Maldição.
Agora que finalmente a via com outros olhos, agora que queria levá-la para a cama, agora que aquela barreira da estranheza havia se dissolvido... ela me negava.
O mundo era injusto.
Hoje eu entendo.
Nosso arranjo, por mais conturbado que tenha sido no início, será bom para nós.
Será prazeroso para mim.
Giovanna é linda.
E o mais irônico de tudo isso?
Só agora, agora que ela é minha, que eu realmente percebo o quanto.
Minha?
Não.
Quase minha.
O pensamento me enche de raiva.
Sigo até a sala, pego a garrafa de Jack Daniel’s e sirvo um copo. Bebo de uma só vez, o líquido queimando minha garganta.
Sirvo outro. Bebo novamente.
Espero alguns segundos. Depois, mais uma dose.
Mas nada disso dissolve a inquietação dentro de mim.
O desejo.
A frustração.
Então, num impulso, vou até o quarto de Giovanna.
Abro a porta sem bater.
E sou recebido pela visão